Os membros da organização criminosa que comandava o tráfico de drogas da região de Grande Santa Rita, em Vila Velha, e que teve nove integrantes presos em operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (21), eram conhecidos por enviar fotos dos corpos de rivais assassinados para comprovar que os homicídios tinham realmente sido consumados. Essa prática perversa foi o que motivou o nome da ação policial, batizada de "Obituary", que, em inglês, significa "obituário".
O delegado Romualdo Gianordoli, chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (Dhpp), contou à reportagem da TV Gazeta que o nome da operação foi decorrente das fotos, que eram enviadas pelos criminosos ao chefe da organização criminosa, Wende Oliveira de Almeida, de 26 anos.
Wende foi preso no prédio onde mora, um condomínio de alto padrão em Itaparica, em Vila Velha. Além dele, a esposa, uma cunhada e outro familiar também foram presos na operação. Todos eles possuem envolvimento no tráfico de drogas, segundo a polícia.
A reportagem de A Gazeta teve acesso a vídeos de câmeras de segurança do prédio. Nas imagens, é possível ver Wende com a esposa e três crianças, que são filhas do casal. Outro vídeo mostra o momento da prisão de Wende. Assista abaixo:
A operação cumpriu 20 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão, dentre os quais nove pessoas foram presas. Apenas a identidade de Wende foi divulgada.
Segundo o delegado Alan Moreno de Andrade, que comanda a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, a operação aconteceu simultaneamente em vários bairros da cidade. A princípio, de acordo com o delegado, dinheiro e veículos foram apreendidos e o material encontrado pela polícia - como drogas e armas - ainda está sendo quantificado.
"São chefes do tráfico de drogas da região, esposa e familiares. São pessoas importantes do tráfico da região. O chefe do tráfico de drogas da região foi preso em um prédio de alto padrão em Itaparica, ele e a esposa dele. Demonstra como esses bandidos trabalham, eles usam a ostentação para angariar mais pessoas para o tráfico de drogas", disse o delegado, em entrevista à repórter Daniela Carla, da TV Gazeta.
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