Uma menina de 13 anos de idade foi estuprada pelo primo, no final da manhã da última quarta-feira (11), quando ia para a casa da avó, na Grande Vitória, para almoçar. Por meio de ameaças, o rapaz de 27 anos levou a vítima para a casa dele e a obrigou a ter relações sexuais.
Extremamente abalada, a mãe da menina contou que o estupro teria durado cerca de 15 minutos e que tomou conhecimento logo depois, quando a filha chegou em casa correndo, pedindo para tomar banho. Ao dar para ela a toalha no banheiro, a mãe viu os machucados e os hematomas espalhados pelo corpo.
Conforme o relato da menina para a mãe, ela tentou pular da moto quando viu que não estava sendo levada pelo primo para a casa da avó o que lhe rendeu uma queimadura na perna e pediu inúmeras vezes para que pudesse ir embora, sem sucesso. "Ela era virgem, nem sequer era moça ainda. Imagina o que ela passou", desabafou a mãe.
Logo após o estupro, as duas procuraram a Polícia Militar. De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito "consumou o ato sexual sem consentimento, deixando hematomas no corpo da vítima". Apesar da ida até a casa dele e as buscas na região, os policiais não conseguiram encontrar o autor do crime.
Conforme consta no documento do Programa de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Pavivis), a menina já teve que tomar três injeções e 12 comprimidos. Ao longo dos próximos 25 dias, ela também terá que continuar com o tratamento e passar, ainda, por outros exames e consultas.
Não bastasse o estupro e a consequência devastadora no corpo e na vida da vítima, o homem de 27 anos obrigou a menina a gravar vídeos dela própria nua, que teriam sido compartilhados na internet. Entre lágrimas, a mãe mal conseguia traduzir em palavras tudo que aconteceu e só espera que o suspeito seja encontrado.
Devido ao crime ter acontecido na última quarta-feira (14), a Polícia Civil não soube passar informações sobre a investigação do caso, já que "aos finais de semana a assessoria só tem acesso às ocorrências a autuações do plantão vigente das delegacias" e os cartórios funcionam apenas em dias úteis.
Naturais de uma cidade do Rio de Janeiro, a mãe e a filha estão na Grande Vitória desde o dia 23 de outubro, para ajudar a cuidar de um familiar que está internado com Covid-19. "Vim dar uma força nesse período e acontece isso. Meu marido queria que a gente fosse embora imediatamente, mas não temos como", contou.
Por meio de uma publicação no Facebook, o primo da menina estuprada afirmou que não teria cometido o crime e que "não quis ter relação com ela". Ele também acusa a vítima de ter mandado mensagens e fotos sexuais. Ao mesmo tempo, ele admite que "errou pelo fato dela ser de menor [sic]". Segundo indica o perfil, ele é pai de duas meninas e um menino, todos pequenos.
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