> >
Menina foi agredida dois dias seguidos pelo pai até morrer em Cariacica

Menina foi agredida dois dias seguidos pelo pai até morrer em Cariacica

Welington Caio Nogueira, de 28 anos, confessou o crime e disse que matou a menina de 8 anos porque ela não teria feito o dever de casa

Cariacica

Publicado em 12 de abril de 2025 às 17:29

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Ana Victoria Silva dos Santos, de oito anos, morta pelo pai com golpes na cabeça e na costela
Ana Victoria Silva dos Santos, de oito anos, morta pelo pai com golpes na cabeça e na costela. (Arquivo pessoal)

menina de 8 anos morta com socos e pauladas no bairro Itaquari, em Cariacica, na noite desta sexta-feira (11) foi agredida pelo pai dois dias seguidos. Welington Caio Silva Nogueira, de 28 anos, que confessou o crime, contou à Polícia Militar que agrediu a filha Ana Victória Silva dos Santos porque ela não havia feito o dever de casa e por estar “bagunçando a casa e usando palavras ofensivas."

As agressões começaram na noite de quinta-feira (10), mas o homem voltou a bater na filha com socos e golpes com pedaço de madeira, principalmente na região das costelas e da cabeça.

A menina apresentou dificuldade respiratória e foi levada para o Pronto Atendimento de Alto Lage, no mesmo municípo. A vítima chegou desacordada na unidade e a morte foi atestada no local. Wellington foi preso em flagrante pelo assassinato.

Segundo a Polícia Militar (PMES), o pai da menina confessou que bateu na filha com socos e com golpes utilizando um pedaço de madeira, principalmente na região da costela e da cabeça.

Com a série de agressões, na sexta-feira, a criança apresentou dificuldade respiratória, momento em que Welington decidiu levar a menina até a unidade de saúde. Ainda de acordo com a Polícia Militar, a madrasta da criança alegou que chegou a ouvir as agressões, mas que não interveio.

“Segundo ela [a madrasta], o pai levou a filha para o quarto após a criança ter recebido um bilhete de reclamação da escola, e ali ocorreram as agressões. Percebendo a gravidade da situação, ambos decidiram levá-la ao PA, onde foi atestado o óbito da menina. O Conselho Tutelar acionou os militares e, com apoio da viatura, deslocou-se até a residência do indivíduo. No local encontrava-se o outro filho do autor, também de 8 anos. Ele foi acolhido pelos conselheiros tutelares e encaminhado a um abrigo”, informou a polícia, em nota enviada à reportagem de A Gazeta.

O conselheiro tutelar de Cariacica Marcos Paulo Fonseca pontuou que o irmão de Ana Victória relatou que também era agredido pelo pai. E que, durante busca nos documentos na residência da família após o crime, foi encontrado um receituário da menina que comprovava TDAH e autismo também.

Já segundo a Polícia Civil (PCES), o homem foi conduzido à Delegacia Regional de Cariacica, onde foi autuado em flagrante por homicídio qualificado contra pessoa menor de 14 anos e com aumento de pena pelo fato de ser o tutor da vítima. Com a prisão, Welington foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).

A madrasta, por sua vez, foi ouvida e liberada “já que a autoridade policial não identificou elementos suficientes para realizar a prisão em flagrante naquele momento”, informou a PC, também em nota.

Segundo a defesa da mulher, na delegacia, a madrasta da criança teria demonstrado "muito medo do companheiro, por isso não conseguiu intervir no momento das agressões". Também em nota enviada à reportagem, o advogado da mulher alegou que "desta forma, o delegado, entendendo que ficou demonstrado que ela não agiu com conduta dolosa ou omissiva, a liberou. Assim, estaremos aguardando o andamento do processo e ela se coloca à disposição da Justiça para esclarecer qualquer dúvida", destacou.

Mãe não foi localizada

Em conversa com a repórter Priciele Venturini, da TV Gazeta, o Conselho Tutelar informou que criança morava com o pai e com um irmão gêmeo há três meses. A mãe das crianças, que ainda não foi localizada, seria de Minas Gerais e estaria passando por problemas pessoais, por isso os filhos estavam com o pai no Espírito Santo.

Para a liberação do corpo da criança no IML, uma avó paterna precisou sair de Itueta, no interior de Minas Gerais, de onde viaja até o Estado para ser a responsável pelos trâmites de velório e enterro.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais