A gravidez após estupro voltou a ser assunto no Brasil nos últimos dias por conta da menina de Santa Catarina vítima de violência sexual impedida de fazer o aborto legal por uma juíza e do caso relevado pela atriz Klara Castanho, que teve informações pessoais vazadas na internet. Há dois anos, um caso semelhante chocou o país.
Um homem de 33 anos estuprou e engravidou a sobrinha de 10 anos em São Mateus, no Espírito Santo. A gestação da menina foi interrompida com autorização da Justiça. Com a repercussão do caso e após ter dados pessoais expostos na internet, a família da menina aceitou participar do Programa de Apoio e Proteção às Testemunhas, Vítimas e Familiares de Vítimas da Violência (Provita), oferecido pelo governo do Espírito Santo, e que prevê apoio como mudança de identidade e de endereço.
A vítima é do interior capixaba, mas precisou viajar até Recife para interromper a gestação. Manifestantes ligados a religiões protestaram do lado de fora da unidade de saúde em que o procedimento foi realizado.
O ato, organizado por um grupo contrário ao aborto, teve início após uma publicação da extremista de direita Sara Giromini nas redes sociais, divulgando o nome da criança e o hospital em que ela estava internada. A divulgação dessas informações contraria o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O tio da menina foi preso em Betim, em Minas Gerais. O homem está preso desde 18 de agosto de 2020 e um exame de DNA confirmou que ele estuprou e engravidou a criança. Ele foi condenado a 44 anos, três meses e cinco dias de prisão. O caso está em segredo de Justiça.
*Com informações do g1 ES.
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