Um menino de 12 anos, identificado como Rafael Silva Marques da Vitória, morreu na madrugada desta segunda-feira (2) após ser baleado dentro de uma casa no município de Aracruz, no Norte do Espírito Santo. A família aponta o irmão da criança, de 32 anos, como autor do disparo.
O caso aconteceu no dia 24 de abril deste ano na região de Santa Rosa, interior de Aracruz. No entanto, Rafael morreu uma semana depois no Hospital Infantil de Vitória, para onde havia sido transferido. Rafael, que tinha 11 anos quando foi baleado, completou 12 anos no hospital.
Segundo a apuração do repórter Tiago Félix, da TV Gazeta Norte, o menino morava no local com os pais e recebeu a visita do irmão, que reside em Vila Velha, e passou o feriado do dia de Nossa Senhora da Penha com a família. Parentes disseram que o irmão dele estava com uma arma, uma cartucheira, quando disparou acidentalmente e atingiu o garoto.
O irmão relatou à polícia que havia limpado a arma e colocado em cima da mesa, no momento em que ela disparou.
O tiro, único, atingiu o tórax e o abdômen de Rafael. O boletim da Polícia Militar informa que o menino teve lesões no estômago e no pulmão. Durante a internação, ele teve complicações no quadro clínico e foi constatada a morte cerebral.
O Conselho Tutelar e a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) foram acionados pela assistência social do hospital.
A PM informou que o menino deu entrada no hospital às 19h do dia 24 de abril, transferido do Hospital de Aracruz, onde havia dado entrada por volta das 9h, vítima de disparo de arma de fogo.
"Segundo o assistente social, a mãe adotiva do menino teria acompanhado o filho no momento em que deu entrada no hospital. Ela teria relatado ao funcionário que o disparo aconteceu de forma acidental e que o autor seria seu outro filho. Nenhum familiar ou responsável se encontrava no local para dar explicações", informou a nota da PM.
A Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz que está realizando diligências para apurar o fato.
Uma equipe da PC foi até a casa da família onde aconteceu o disparo para recolher a cartucheira e dar início à perícia. As investigações são de que o fato se tratou de um disparo acidental, de acordo com o delegado André Jaretta.
O irmão se apresentou voluntariamente na delegacia. Segundo o depoimento, ele encontrou a arma, de fabricação caseira e sem registro, em cima de um armário na cozinha da casa. Ele saiu da residência, e engatilhou a arma, para tirar a munição. Mas o objeto não disparou. O homem voltou para dentro da casa, e puxou o ferrolho que acabou escapando da sua mão, e a arma fez o disparo que atingiu o menino.
“O irmão da vítima inicialmente nós vemos uma possibilidade de homicídio culposo, sem a intenção. É uma pena baixa, a pena maior que ele está passando é pelo remorso. O pai dos dois vai responder por ter uma arma sem registro. Eles continuam em liberdade, por todos os indícios apontarem para um acidente. Eles vão responder pelos crimes, mas não há necessidade da prisão deles”, afirmou o delegado.
Com informações do repórter Tiago Félix, da TV Gazeta Norte, e do g1/ ES
A reportagem da TV Gazeta Norte apurou com a polícia que o disparo aconteceu dentro da casa do menino e o irmão visitava a família. O texto foi atualizado.
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