Minha irmã não consegue falar nada sobre o que aconteceu no dia crime. Ela está em estado de choque. O relato é do tio materno de Aghata Vitória Santos Godinho, de 5 anos. A menina morreu após ter sido espancada na tarde dessa segunda-feira (19) no bairro Cidade Nova, na Serra.
O padrasto dela, Elisnai Borges Eloy, de 35 anos, foi preso apontado como principal suspeito de ter cometido o espancamento. A menina será sepultada às 16h desta terça-feira (20) no cemitério do bairro São Domingos, no mesmo município.
O tio materno de Aghata, que preferiu não se identificar, disse que a irmã ainda não conseguiu contar detalhes do dia do crime à família. Ele contou que a irmã convivia com Elisnai há quase dois anos. Segundo ele, a mãe de Aghata nunca comentou sobre o comportamento do companheiro.
Segundo informações da ocorrência registrada no Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), a criança, com hematomas na cabeça, na barriga e nas mãos, foi socorrida para a base da Eco 101, concessionária que administra a BR 101, onde foi constatado o óbito.
Foi a mãe da menina que pediu socorro na base da concessionária. A mãe contou que saiu de casa e deixou a criança com o padrasto. Depois, a mulher recebeu uma ligação da irmã dizendo que o cunhado disse que a enteada tinha passado mal depois de almoçar e não estava acordando.
O padrasto, apontado como principal suspeito do crime, negou que tenha agredido a menina e disse que ela passou mal depois de almoçar. O homem, de 35 anos, é aposentado por invalidez por não ter uma mão.
No posto da Eco101, o suspeito não soube explicar os hematomas. Já na delegacia, ele ficou calado, segundo policiais civis. O padrasto foi autuado por homicídio qualificado por motivo fútil com impossibilidade de defesa da vítima. O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção às Mulheres (DHPM).
A Polícia Civil informa que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). O padrasto foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado, e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana.
"O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para ser feito o exame cadavérico, e o prazo para a conclusão do laudo é de 30 dias. Outras informações não serão repassadas para que a apuração dos fatos seja preservada", informa a polícia, por nota.
A corporação destaca que a população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas.
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