Após mais de quatro meses, as investigações da morte da modelo Luísa Lopes ainda não foram concluídas. O atropelamento aconteceu em abril deste ano, na Avenida Dante Michelini, em Vitória, e está sendo apurado pela Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT).
Apesar de tanto tempo ter se passado, o prazo para conclusão do inquérito ainda está dentro do permitido. É que no dia 23 de junho, a Polícia Civil pediu mais 30 dias à Justiça para finalizar o material. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) acatou o pedido e deu mais 90 dias para as investigações.
"O inquérito policial com pedido de prorrogação de prazo retornou no dia 29 de junho do Ministério Público, dando o prazo de 90 dias para conclusão das investigações, que estão em andamento. Não há outros detalhes que possam ser divulgados", informou a corporação, nesta segunda-feira (30), em nota.
Na última vez que conversou com a reportagem, o advogado da família da vítima, Marcos Vinícius Sá, comentou que "Luísa era filha única. Os pais dela estavam muito abalados com a perda, mas confiantes na investigação". A Gazeta tenta novo contato com ele e com os parentes da modelo.
O advogado Jamilson Monteiro, que defende a corretora Adriana Felisberto, que dirigia o veículo que atropelou Luísa, disse que "a defesa está contribuindo com as diligências e prefere aguardar a finalização do inquérito para se manifestar".
A modelo Luísa Lopes, de 24 anos, morreu após ser atropelada na Avenida Dante Michelini, na altura de Jardim da Penha, em Vitória. O acidente fatal aconteceu na noite de 15 de abril deste ano. O carro que atingiu a ciclista seria dirigido pela corretora Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos.
Na data do atropelamento, a motorista foi presa em flagrante por embriaguez ao volante. Segundo a Polícia Militar, ela apresentava sinais de embriaguez e se negou a fazer o teste do bafômetro. No dia seguinte, ela pagou uma fiança de R$ 3 mil e deixou a prisão, mas deve obedecer algumas medidas restritivas.
Para conceder a liberdade provisória, o magistrado José Leão Ferreira Souto considerou a ausência de antecedentes criminais e a própria autuação. Na decisão, o juiz destacou que policiais afirmaram ter recebido, no local do acidente, a informação de que outro carro teria atropelado a modelo.
Entretanto, no dia 19 de abril, A Gazeta teve acesso a imagens de videomonitoramento da Prefeitura de Vitória que mostram o momento do acidente. Segundo o município, a vítima atravessava fora da faixa, com o sinal aberto para os veículos, e não houve envolvimento de outro automóvel.
Dias após Adriana ser solta, amigos e familiares da Luísa Lopes fizeram um protesto para pedir por Justiça. Durante o ato, os manifestantes seguraram cartazes, pintaram parte do asfalto de vermelho e penduraram uma bicicleta no poste para chamar atenção para a morte da modelo.
À época dos fatos, o advogado Marcos Vinícius Sá, que representa a família da vítima, reforçou que se tratava de um homicídio que precisava ser apurado. Já o advogado Jamilson Monteiro dos Santos, de Adriana, afirmou que aguardaria a conclusão do inquérito policial, a ser confeccionado pela Polícia Civil.
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