O motorista de aplicativo Samuel Oliveira, de 36 anos, morreu na manhã desta sexta-feira (5), após quase uma semana em coma. Ele foi internado no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), após ser baleado enquanto esperava um cliente em Aribiri, Vila Velha, no dia 30 de julho.
A informação foi confirmada por uma pessoa próxima da vítima que pediu para não ser identificada. “Ele estava em coma desde que deu entrada no hospital e faleceu hoje pela manhã. Iriam fazer novamente o protocolo de morte cerebral, mas ele faleceu antes”, revelou.
De acordo com o conhecido do motorista ouvido pela reportagem, Samuel gostava de trabalhar no período da noite, por causa do fluxo de pessoas em festas e baladas.
“Ele foi Aribiri buscar um passageiro e acabou baleado durante um tiroteio. Gostava de trabalhar miais à noite pelo fluxo das boates. Na sexta à noite recebeu esse chamado. Os traficantes chegaram na rua fechar e começaram a atirar. Ele estava esperando um passageiro, mas não deu tempo de sair. Foram três tiros na cabeça”, contou.
A reportagem de A Gazeta procurou a Uber, que respondeu, em nota, e informou que "não foi possível verificar o caso relatado porque, até o momento, não foram fornecidas à empresa informações suficientes para checar se o motorista era cadastrado no aplicativo da Uber ou se a ocorrência mencionada se deu durante viagem com o app", disse a empresa.
Dois homens, um de 39 e o motorista de aplicativo, de 36 anos, foram baleados durante uma tentativa de homicídio que ocorreu no bairro Aribiri, em Vila Velha, na noite desta sexta-feira (29). O crime aconteceu na rua ao lado do campo de futebol do bairro e deixou os moradores assustados.
Conforme apuração do repórter André Falcão, da TV Gazeta, testemunhas contaram que pelo menos quatro bandidos chegaram de bicicleta e de carro em um bar da região. Em seguida, pediram para o dono do estabelecimento fechar as portas com vários clientes dentro e, do lado de fora, abriram fogo contra duas pessoas.
O motorista de aplicativo, mesmo baleado na cabeça, conseguiu dirigir por mais de um quilômetro até o bairro Dom João Batista. No local, ele bateu contra um fusca que estava estacionado na rua. Para a reportagem, o morador contou estar assistindo novela quando o acidente aconteceu.
Ele disse ainda que ouviu os tiros e, quando saiu de casa para conferir o que tinha acontecido, viu o rapaz baleado dentro do veículo. O carro do motorista de aplicativo ficou bastante danificado. A pancada foi tão forte que também arrancou a roda do fusca.
"Estava vendo Pantanal. Escutei os tiros, o cara veio de lá para cá e deu uma pancada nesse carro. Quando abri a janela vi que tinha sido no meu carro. Foi um barulho muito forte. Tinha um rapaz baleado dentro do carro com as portas todas abertas", contou o morador.
Após a colisão, o motorista de aplicativo foi socorrido e levado para o Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria. O outro ferido, que levou um tiro nas nádegas, buscou atendimento no PA da Glória, também em Vila Velha. Os nomes das vítimas não foram divulgados.
Questionada para dar mais detalhes sobre o caso, a Polícia Civil informou na época que o fato será investigado por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Vila Velha e, até o momento, nenhum suspeito de cometer o crime foi detido. Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação foi repassada.
A corporação destacou que a população pode auxiliar na investigação por meio do telefone 181. O Disque-Denúncia é uma ferramenta segura, onde não é necessário se identificar para denunciar. Todas as informações recebidas são investigadas. As informações ao Disque-Denúncia ainda podem ser enviadas por meio do site, onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas.
Após a publicação da reportagem, a Uber entrou em contato e se posicionou sobre o caso.
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