O policial militar Fernando da Cruz Comper, que foi baleado em frente a um supermercado na Serra na semana passada, teve a morte confirmada nesta sexta-feira (18) por familiares. O soldado estava internado em estado grave havia nove dias no Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória.
Desde o dia do crime, na quarta-feira (9), Comper foi hospitalizado em um leito de UTI. Na última terça-feira (15), foi iniciado o protocolo para atestar um quadro de morte cerebral, segundo parentes.
O policial Comper atuava na Polícia Militar do Espírito Santo desde 2014, conforme consta no Portal de Transparência do Governo do Estado. No início desta tarde, a família ainda realizava os trâmites referentes ao sepultamento, que deve acontecer no município de Nova Venécia, na Região Noroeste.
Em nota de pesar divulgada nesta tarde, a Polícia Militar prestou "os mais sinceros pêsames, rogando a Deus que conforte os parentes e amigos" do soldado Comper.
Já a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Espírito Santo (ACS-ES) afirmou que Fernando foi "vítima de um ataque de criminosos covardes" e que "já se destacava como um herói". "O sentimento que atinge toda a tropa da PM é de tristeza e indignação", escreveu nas redes sociais.
O policial militar foi baleado em frente a um supermercado no bairro Nova Carapina II, na Serra, durante a tarde da quarta-feira (9). Uma câmera de segurança flagrou o momento em que dois suspeitos chegam e atiram contra a vítima, que estava parada na esquina. Em seguida, eles fogem.
Segundo testemunhas, o policial também trabalhava como segurança do estabelecimento. Em nota, a Prefeitura da Serra informou que ele recebeu os primeiros socorros na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Serra-Sede e depois foi encaminhado de helicóptero para o hospital em Vitória.
No dia seguinte ao crime, dois suspeitos foram presos preventivamente na Serra: um apontado como o responsável por vigiar a vítima e outro que realizou um dos disparos – sendo que este estava solto há sete meses e já tinha sido preso por tentativa de homicídio e posse ilegal de arma de fogo.
No último sábado (12), um terceiro suspeito, identificado como Douglas Bragança Neves, acabou morto em um confronto com a Polícia Militar, em Nova Carapina II. As investigações apontaram que o crime contra o policial teria sido motivado por vingança e que cada executor receberia R$ 3 mil.
O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra. Em entrevista na última sexta-feira (11), o delegado Sandi Mori informou que um quarto suspeito também já foi identificado e seria o mandante do crime. O nome dele, no entanto, não foi divulgado.
A Polícia Militar e a Associação de Cabos e Soldados emitiram nota de pesar sobre a morte do soldado Comper. O texto foi atualizado.
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