Ele morreu fazendo o que mais fazia, que era ajudar as pessoas. Marcela Perciano, afilhada de Gustavo Leite, lembra com bastante emoção o altruísmo do padrinho, que faleceu após ter o carro levado por uma enxurrada na região de Sertão Velho, interior de Cariacica.
Gustavo teve o carro levado ao tentar ajudar um amigo, cujo veículo havia dado defeito no outro lado do riacho. Marcela conta que Gustavo não dirigiu o carro até o local, mas que, ao ver a necessidade do amigo, não pensou duas vezes ao tentar atravessar a correnteza.
Ele era o tipo de pessoa que se você ligasse pra ele aqui, agora, e estivesse precisando dele, ele sairia de qualquer situação. Não era ele que estava dirigindo, os rapazes desceram do carro antes e passaram para ver como a correnteza estava, mas ele não quis esperar, entrou no carro e acelerou. Ele estava em um Fiat Strada e acabou carregado pela correnteza. Os rapazes viram ele sendo carregado, mas depois não o viram mais, contou a estudante de medicina.
A procura pelo corpo de Gustavo durou a noite inteira, por conta das chuvas e da força das águas do rio. Marcela disse que recebeu uma ligação de um amigo às 19h40 de domingo (01), avisando sobre o acidente, mas que foi alertada apenas às 9h do dia seguinte que o corpo havia sido encontrado.
Todos procurando, um desespero e varou a madrugada. Fiquei sabendo às 9h que acharam o corpo. Meu pai estava em Itaipava e, com os alagamentos, ficou difícil subir. As pontes caíram perto do local. Quando ele chegou, subimos direto pra roça, pra ver o que tinha acontecido. Quando o corpo veio para cá, por volta de meio-dia, eu vim junto, afirmou.
Marcela lembra com bastante carinho do padrinho e afirmou que ele era seu segundo pai. A estudante conta ainda que Gustavo será sempre lembrado pela forma como ajudava as pessoas.
Ele era meu segundo pai. Ele era tudo na minha vida, era a pessoa de todas as horas. Passamos por muita coisa para cuidar da saúde dele, ele tinha problema cardíaco. Ele falava que tinha voltado por mim e agora, inesperadamente, acontece isso. Meu padrinho vai ser sempre lembrado como uma pessoa maravilhosa que ele era, morreu fazendo o que ele mais fazia, que era ajudar as pessoas. O maior orgulho que eu tenho na vida é meu padrinho, finalizou Marcela, bastante emocionada.
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