> >
'Morreu ajudando as pessoas', diz afilhada de vítima da chuva no ES

"Morreu ajudando as pessoas", diz afilhada de vítima da chuva no ES

Gustavo Leite faleceu após ter o carro levado pela força da água no último domingo (01), em Cariacica

Publicado em 2 de março de 2020 às 18:25

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Marcela Perciano, afilhada de Gustavo, lembrou do padrinho com bastante emoção. . (Iara Diniz)

“Ele morreu fazendo o que mais fazia, que era ajudar as pessoas”. Marcela Perciano, afilhada de Gustavo Leite, lembra com bastante emoção o altruísmo do padrinho, que faleceu após ter o carro levado por uma enxurrada na região de Sertão Velho, interior de Cariacica.

> CHUVA NO ES | A cobertura completa

Gustavo teve o carro levado ao tentar ajudar um amigo, cujo veículo havia dado defeito no outro lado do riacho. Marcela conta que Gustavo não dirigiu o carro até o local, mas que, ao ver a necessidade do amigo, não pensou duas vezes ao tentar atravessar a correnteza.

“Ele era o tipo de pessoa que se você ligasse pra ele aqui, agora, e estivesse precisando dele, ele sairia de qualquer situação. Não era ele que estava dirigindo, os rapazes desceram do carro antes e passaram para ver como a correnteza estava, mas ele não quis esperar, entrou no carro e acelerou. Ele estava em um Fiat Strada e acabou carregado pela correnteza. Os rapazes viram ele sendo carregado, mas depois não o viram mais”, contou a estudante de medicina.

Gustavo Leite teve o carro arrastado pela força da água em Cariacica. (Reprodução/TV Gazeta)

A procura pelo corpo de Gustavo durou a noite inteira, por conta das chuvas e da força das águas do rio. Marcela disse que recebeu uma ligação de um amigo às 19h40 de domingo (01), avisando sobre o acidente, mas que foi alertada apenas às 9h do dia seguinte que o corpo havia sido encontrado.

“Todos procurando, um desespero e varou a madrugada. Fiquei sabendo às 9h que acharam o corpo. Meu pai estava em Itaipava e, com os alagamentos, ficou difícil subir. As pontes caíram perto do local. Quando ele chegou, subimos direto pra roça, pra ver o que tinha acontecido. Quando o corpo veio para cá, por volta de meio-dia, eu vim junto”, afirmou.

Marcela lembra com bastante carinho do padrinho e afirmou que ele era seu segundo pai. A estudante conta ainda que Gustavo será sempre lembrado pela forma como ajudava as pessoas.

Este vídeo pode te interessar

“Ele era meu segundo pai. Ele era tudo na minha vida, era a pessoa de todas as horas. Passamos por muita coisa para cuidar da saúde dele, ele tinha problema cardíaco. Ele falava que tinha voltado por mim e agora, inesperadamente, acontece isso. Meu padrinho vai ser sempre lembrado como uma pessoa maravilhosa que ele era, morreu fazendo o que ele mais fazia, que era ajudar as pessoas. O maior orgulho que eu tenho na vida é meu padrinho”, finalizou Marcela, bastante emocionada.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais