A Polícia Civil acredita em crime de mando no assassinato de Dionízio Gonzaga de Oliveira, de 42 anos. O diretor do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Nova Venécia, Noroeste do Espírito Santo, foi morto quando chegava ao trabalho na manhã da última terça-feira (23). Nesta sexta-feira (26), um suspeito do crime foi detido e detalhes da investigação foram revelados.
O homem que foi preso é apontado pela polícia como suspeito de atirar na vítima. As investigações ainda apuram quem era o comparsa do executor, que estava com ele no momento do crime, e os possíveis mandantes do assassinato.
A polícia chegou até esse primeiro suspeito após trabalho de investigação que começou após o crime. O delegado conseguiu na Justiça um mandado de prisão e o homem foi preso no início da tarde em uma operação conjunta entre as polícias Militar e Civil. O nome dele não foi divulgado.
O homem foi ouvido na Delegacia Regional de Nova Venécia e preferiu se manter calado durante o depoimento. O suspeito foi acompanhado pela defesa. Ele foi indiciado por homicídio qualificado e levado para o Centro de Detenção Provisória de São Mateus.
Segundo o delegado, o suspeito é morador de Pinheiros, mas estava em uma casa em Boa Esperança. Ele já havia sido preso por receptação, tráfico de drogas e é investigado por outro homicídio qualificado desde dezembro do ano passado.
No início das investigações, o latrocínio — crime de roubo com morte — foi descartado já que nenhum pertence da vítima foi levado. O carro de Dionízio foi encontrado abandonado a 3km do local do crime, no sentido Boa Esperança.
O delegado contou que o suspeito estava em um Volkswagen Gol com outro homem. Eles chegaram no local do crime uma hora antes da vítima, por volta das 6 horas da manhã. Os suspeitos ficaram escondidos em um terreno próximo a sede do Sine, esperando a chegada de Dionízio.
Após a execução, o suspeito pegou o carro da vítima, mas abandonou logo em seguida entrando no veículo em que o comparsa estava. Segundo o delegado, por algum motivo, o homem precisou improvisar, não fugindo no carro que lhe dava cobertura.
De acordo com o delegado, entre outros elementos, a polícia chegou ao suspeito por meio desse carro em que ele estava com o comparsa. Imagens de radares permitiram identificar a placa do veículo. Além disso, três dias antes do crime, ele anunciou na internet que queria vender o veículo. Depois do homicídio, ele conseguiu concluir o negócio na Bahia e voltou com outro carro para Boa Esperança.
Segundo a Polícia Militar, a vítima foi atingida por disparos de arma de fogo. Os bombeiros foram acionados para o resgate, mas quando chegaram ao local o homem já estava sem vida.
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