A morte da modelo Luísa Lopes, de 24 anos, completou três meses e ainda é investigada. No dia 23 de junho, a Polícia Civil pediu mais 30 dias à Justiça para concluir o inquérito policial. Nesta sexta-feira (15), a corporação informou que o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) acatou o pedido e deu mais 90 dias para a conclusão das investigações. Com isso, o entendimento final sobre o atropelamento da jovem tem até setembro para ser apresentado.
Questionada pela reportagem de A Gazeta sobre a conclusão do caso, a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT), afirmou que “o inquérito policial com pedido de prorrogação de prazo retornou no dia 29 de junho do Ministério Público, dando o prazo de 90 dias para conclusão das investigações, que estão em andamento” e finalizou alegando não haver outros detalhes a serem divulgados neste momento.
No mês passado, o advogado da família da vítima, Marcos Vinícius Sá, defendeu que a fase de investigação era importante para não comprometer um eventual julgamento e que "isso demanda um certo tempo". Nesta sexta-feira (15), ele afirmou que aguarda os laudos periciais.
A modelo Luísa Lopes, de 24 anos, morreu após ser atropelada na Avenida Dante Michelini, na altura do bairro Jardim da Penha, em Vitória. O acidente aconteceu na noite de 15 de abril de 2022. O carro que atingiu a ciclista seria dirigido pela corretora Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos.
Na data do atropelamento, a motorista foi presa em flagrante por embriaguez ao volante. Segundo a Polícia Militar, ela apresentava sinais de embriaguez e se negou a fazer o teste do bafômetro. No dia seguinte, ela pagou uma fiança de R$ 3 mil e deixou a prisão, mas deve obedecer algumas medidas restritivas.
Para conceder a liberdade provisória, o magistrado José Leão Ferreira Souto considerou a ausência de antecedentes criminais e a própria autuação. Na decisão, o juiz destacou que policiais afirmaram ter recebido, no local do acidente, a informação de que outro carro teria atropelado a modelo.
Todavia, no dia 19 de abril, A Gazeta teve acesso a imagens de videomonitoramento da Prefeitura de Vitória que mostram o momento do acidente. Segundo o município, a vítima atravessava fora da faixa, com o sinal aberto para os veículos, e não houve envolvimento de outro automóvel.
Dias após Adriana ser solta, amigos e familiares da Luísa Lopes fizeram um protesto para pedir por Justiça. Durante o ato, os manifestantes seguraram cartazes, pintaram parte do asfalto de vermelho e penduraram uma bicicleta no poste para chamar atenção para a morte da modelo.
Responsável pela defesa de Adriana, o advogado Jamilson Monteiro dos Santos foi procurado nesta sexta-feira (15) pela reportagem de A Gazeta, mas não quis se manifestar sobre o caso.
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