A Polícia Civil pediu mais 30 dias para concluir o inquérito policial sobre a morte da modelo Luísa Lopes, de 24 anos. A jovem foi atropelada em abril, na Avenida Dante Michelini, em Vitória. No último dia 15, quando o caso completou dois meses, a Justiça cobrou da corporação a conclusão do caso.
A postergação do prazo para o fechamento do inquérito foi confirmado pela corporação à reportagem de A Gazeta na manhã desta quinta-feira (23). No portal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), consta que a Justiça expediu ofício na quarta-feira (15) cobrando o inquérito.
Primeiramente, a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT), informou que o ofício da Justiça ainda não havia chegado na DDT.
Em nota enviada posteriormente, afirmou que o caso segue em investigação na DDT e pediu à Justiça mais 30 dias para que o Inquérito Policial seja concluído. Finalizou, salientando não haver, neste momento, outras informações sobre o caso que possam ser repassadas.
A modelo Luísa Lopes, de 24 anos, morreu após ser atropelada na Avenida Dante Michelini, na altura do bairro Jardim da Penha, em Vitória. O acidente aconteceu na noite de 15 de abril de 2022.
O carro que atingiu a ciclista seria dirigido pela corretora Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos. Na data do atropelamento, a motorista foi presa em flagrante por embriaguez ao volante. Segundo a Polícia Militar, ela apresentava sinais de embriaguez e se negou a fazer o teste do bafômetro. No dia seguinte, ela pagou uma fiança de R$ 3 mil e deixou a prisão, mas deve obedecer algumas medidas restritivas.
Para conceder a liberdade provisória, o magistrado José Leão Ferreira Souto considerou a ausência de antecedentes criminais e a própria autuação. Na decisão, o juiz destacou que policiais afirmaram ter recebido, no local do acidente, a informação de que outro carro teria atropelado a modelo.
Todavia, no dia 19 de abril, A Gazeta teve acesso a imagens de videomonitoramento da Prefeitura de Vitória que mostram o momento do acidente. Segundo o município, a vítima atravessava fora da faixa, com o sinal aberto para os veículos, e não houve envolvimento de outro automóvel.
Dias após Adriana ser solta, amigos e familiares da Luísa Lopes fizeram um protesto para pedir por Justiça. Durante o ato, os manifestantes seguraram cartazes, pintaram parte do asfalto de vermelho e penduraram uma bicicleta no poste para chamar atenção para a morte da modelo.
Na época dos fatos, o advogado Marcos Vinícius Sá, que representa a família da vítima, reforçou que trata-se de um homicídio que precisa ser apurado. Já o advogado Jamilson Monteiro dos Santos, de Adriana, afirmou que aguardaria a conclusão do inquérito policial, a ser confeccionado pela Polícia Civil.
A Gazeta procurou ambos os advogados, nesta quinta-feira (23), para comentarem a prorrogação do inquérito. Marcos Vinicius de Sá disse que irá à delegacia e depois poderá conversar com a reportagem. Jamilson Monteiro dos Santos ainda não retornou.
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