O homem de camisa branca que aparece no vídeo empurrando o músico Guilherme Rocha, de 37 anos –morto com um tiro pelo policial militar Lucas Torrezani de Oliveira em um condomínio de Jardim Camburi, em Vitória – é investigado pela Polícia Civil. Segundo o titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vitória (DHPP) de Vitória, Marcelo Cavalcanti, o amigo do PM – que não teve o nome divulgado e segue em liberdade – pode responder por participação no crime.
O titular da DHPP de Vitória afirmou, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (18), que os policiais seguem apurando o caso. O soldado da Polícia Militar que matou o músico Guilherme Rocha, de 37 anos, foi preso na noite do mesmo dia, por volta de 20h, após se apresentar na delegacia.
Segundo Cavalcanti, a prisão temporária do policial Lucas Torrezani de Oliveira tem o prazo de 30 dias, que pode ser prorrogado, chegando a 60 dias. Dentro desse intervalo, a polícia deve concluir a investigação e apresentar um relatório ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
Uma câmera de videomonitoramento do condomínio em que o músico Guilherme Rocha morava em Jardim Camburi, Vitória, flagrou o momento em que ele foi morto pelo policial militar Lucas Torrezani de Oliveira, na madrugada desta segunda-feira (17). As imagens foram divulgadas pela Polícia Civil.
No vídeo, é possível ver a vítima entrando na área em que o policial estava com um amigo. Com as mãos para trás, Guilherme fala com Lucas, que segura um copo. O policial retira a arma da cintura e encosta no ombro do músico. O amigo do militar se levanta e os três ficam próximos.
Em um dado momento, Lucas bate com a arma no rosto de Guilherme. A vítima, então, bate com as mãos na arma. O amigo do policial empurra o músico. Depois, a vítima segue em direção à porta, mas cai logo em seguida, já baleada. O militar fica olhando e dá dois goles na bebida que estava no copo.
Guilherme Rocha, de 37 anos, era músico, bacharel em direito, capoeirista e empresário. Ele foi morto com um tiro no ombro que atravessou o peito pelo soldado da Polícia Militar Lucas Torrezani, de 28 anos. O caso teria ocorrido por volta das 3 horas da madrugada, segundo o boletim da Polícia Militar, em um condomínio na avenida Augusto Emilio Estelita Lins.
Ainda segundo o boletim, quando os PMs chegaram ao local, o militar estava com a arma nas mãos e a vítima caída no chão. A versão inicial dada pelo policial foi de legítima defesa, o que foi desmentido pela Polícia Civil, que trata o caso como execução.
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