A morte do poeta Sérgio Blank, que aconteceu no dia 23 de julho, ainda é um mistério. Há 3 meses a Polícia Civil trabalha para esclarecer o caso, que segue sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica.
Acionado pela reportagem de A Gazeta, o órgão disse que outras informações não poderiam ser passadas para que a apuração dos fatos seja preservada.
Disse ainda que a população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas.
Na época da morte, a irmã de Sérgio, Nilceia Blank, disse que suspeitava que o irmão teria sido vítima de um infarto. No dia anterior, os dois tinham conversado e ele "estava bem, normal". Segundo ela, o poeta enfrentava uma cirrose hepática há alguns anos e estava na fila do transplante de fígado. Porém, a doença era controlada.
Apesar da suposição de morte natural, o caso já era tratado - no dia seguinte - como provável assassinato pela Polícia Civil. Colunista de A Gazeta, Leonel Ximenes revelou que o corpo de Sérgio Blank apresentava sinais de violência, incluindo um fio de telefone no pescoço.
Apenas um dia antes de ser encontrado morto, em 22 de julho, Sérgio Blank fez uma publicação nas redes sociais na qual se dizia feliz por ser convidado por escolas para conversar com crianças sobre os próprios livros. "Aprecio ser um escritor infantil", escreveu. Historiador e comentarista da CBN Vitória, Fernando Achiamé era amigo do poeta.
Na tentativa de desmarcar um almoço para o dia 23 - provável data da morte -, ele ligou para o escritor durante a manhã, mas o celular estava desligado. Horas depois, recebeu a notícia da morte.
Nascido em 1964, Sérgio Blank ocupava a nona cadeira da Academia Espírito Santense de Letras. Além de conhecido pelos poemas e livros, ele também atuou como promotor de lançamentos e coordenador de oficias e encontros literários.
Depois de 23 anos sem obras inéditas, ele publicou "Blue Sutil", em fevereiro de 2019. Personalidades da literatura capixaba lamentaram a morte dele. Natural de Cariacica, ele foi enterrado no cemitério Parque da Paz, que também fica na cidade.
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