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Morte do poeta Sérgio Blank segue em investigação

Morte do poeta Sérgio Blank segue em investigação

O escritor capixaba foi encontrado morto no dia de 23 de julho dentro de casa, em Cariacica; caso é investigado pela Polícia Civil sob sigilo

Publicado em 9 de novembro de 2020 às 19:53

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O escritor Sérgio Blank
O escritor Sérgio Blank foi encontrado morto em casa. (Fernando Madeira)

A morte do poeta Sérgio Blank, que aconteceu no dia 23 de julho, segue sendo investigada pela Polícia Civil. Há quase 4 meses a Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica trabalha para esclarecer o caso, que está sob sigilo.

Na época da morte, a irmã de Sérgio, Nilceia Blank, disse que suspeitava que o irmão teria sido vítima de um infarto. No dia anterior, os dois tinham conversado e ele "estava bem, normal". Segundo ela, o poeta enfrentava uma cirrose hepática há alguns anos e estava na fila do transplante de fígado. Porém, a doença era controlada.

Apesar da suposição de morte natural, o caso já era tratado - no dia seguinte - como provável assassinato pela Polícia Civil. Colunista de A GazetaLeonel Ximenes revelou que o corpo de Sérgio Blank apresentava sinais de violência, incluindo um fio de telefone no pescoço.

PUBLICAÇÃO COMEMORATIVA E PLANOS

Apenas um dia antes de ser encontrado morto, em 22 de julho, Sérgio Blank fez uma publicação nas redes sociais na qual se dizia feliz por ser convidado por escolas para conversar com crianças sobre os próprios livros. "Aprecio ser um escritor infantil", escreveu. 

Historiador e comentarista da CBN Vitória, Fernando Achiamé era amigo do poeta. Na tentativa de desmarcar um almoço para o dia 23 - provável data da morte -, ele ligou para o escritor durante a manhã, mas o celular estava desligado. Horas depois, recebeu a notícia da morte.

MEMBRO DA ACADEMIA DE LETRAS DO ES

Nascido em 1964, Sérgio Blank ocupava a nona cadeira da Academia Espírito Santense de Letras. Além de conhecido pelos poemas e livros, ele também atuou como promotor de lançamentos e coordenador de oficias e encontros literários.

Depois de 23 anos sem obras inéditas, ele publicou "Blue Sutil", em fevereiro de 2019. Personalidades da literatura capixaba lamentaram a morte dele. Natural de Cariacica, ele foi enterrado no cemitério Parque da Paz, que também fica na cidade.

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