Mais um suspeito de participar do grupo responsável pela morte de Gilberto Ferraz de Sena Júnior, de 59 anos, foi preso. Gael Herivan estava em Brasília quando foi encontrado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta quarta-feira (28). Agora, somente a quinta suspeita, Kailla Aureliano, de 25 anos, continua foragida.
A vítima foi assassinada dentro de uma casa alugada via aplicativo em Jockey de Itaparica, em Vila Velha, no dia 18 de fevereiro. Segundo a Polícia Civil capixaba, Gilberto havia marcado um encontro sexual, mas ao chegar no local foi torturado e morto pelo grupo. A intenção era conseguir transferências financeiras da vítima.
“Ele morava em Brasília e a Polícia Civil de lá o prendeu em relação ao crime cometido aqui no Estado e cumpriu prisão preventiva de uma extorsão feita na Capital (Federal)”, informou o delegado Tarik Souki, chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.
No último sábado (28), Heitor, de 20 anos, foi preso enquanto voltava de Brasília ao Espírito Santo, em tentativa de dispersar a polícia.
Conforme a corporação, ele foi para Brasília junto com Gael, mas receberam a informação de que a polícia sabia a localização deles. Por isso, se separaram, mas Heitor foi abordado em Ibatiba, município no Sul do Estado.
O laudo cadavérico da vítima apontou espancamento e grave lesão no fígado. “O fígado estourou e teve muita hemorragia por causa disso, sendo uma das causas da morte. O documento mostra também diversas lesões no corpo devido ao espancamento”, explicou o delegado Tarik Souki.
O grupo responsável pela morte de Gilberto Ferraz de Sena Júnior, de 59 anos, encontrado em uma casa alugada via aplicativo em Jockey de Itaparica, Vila Velha, no último domingo (18), já era conhecido pela polícia, inclusive com diversas vítimas no Espírito Santo e outros Estados.
O delegado Tarik Souki, chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, explicou que o grupo agia da seguinte maneira: eles chegavam em uma cidade e alugavam imóveis onde se estabeleciam. Através de aplicativos, eles ofereciam programas sexuais por valor menores do que o habitual.
À vítima de Vila Velha, eles ofereceram um programa por R$ 100. Quem realiza o programa é sempre um dos quatro, enquanto os outros ficam de fora. Ao fim da relação sexual, eles são chamados para dentro do imóvel e cobram um valor acima do combinado e roubam as vítimas, que normalmente nega, mas acaba sendo torturada e tem vídeos gravados.
O homem de 59 anos, identificado como Gilberto Ferraz de Sena Júnior, foi atraído ao imóvel para fazer um programa sexual. Segundo a Polícia Civil, ele teria pagado pelo encontro com um dos suspeitos, mas houve um desentendimento quanto ao valor do serviço. Ao todo, cinco pessoas estão envolvidas com o crime, incluindo dois irmãos, já presos.
Imagens divulgadas pela corporação durante uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (22), mostram o momento em que a vítima chega e passa na frente da residência de carro (Jeep Compass), por volta das 16h40 do último domingo (18). Uma hora e meia depois, pelo menos três criminosos saem do local a pé.
O delegado Tarik Souki, chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, explicou que o grupo criminoso já era investigado por aplicar golpes em todo o País. A estratégia deles consistia em oferecer serviços sexuais por um valor muito baixo. No entanto, após o ato, esse preço subia sem o consentimento da vítima, que se sentia coagida e acabava pagando pelo acréscimo.
Alguns dos suspeitos são de outras regiões, como Brasília e Santa Catarina. Dois deles, apontados pela Polícia Civil como irmãos, foram presos nessa terça-feira (20). De acordo com apuração da repórter Any Cometti, da TV Gazeta, eles são Simão Pedro de Novaes Brito e Samuel Novaes Brito.
Simão não era parte do grupo que extorquia e torturava as vítimas, mas foi chamado por Samuel para ajudá-lo a vender o carro e o aparelho telefônico da vítima. Os dois foram autuados por roubo seguido de morte.
Presos
Foragidos
Tudo começou a desandar quando os suspeitos viram que a vítima chegou ao local em um carro de luxo, despertando a atenção deles. Enquanto um dos criminosos permaneceu com Gilberto dentro do imóvel, os comparsas esperaram do lado de fora, na rua. De acordo com o delegado, o programa foi inicialmente ofertado a R$ 100.
"Ao fim do programa, essas três pessoas foram acionadas e entraram na residência. Ao pagar o programa, os suspeitos disseram que já era R$ 1 mil. Começou uma discussão. Amarraram a vítima, amordaçaram, torturam, espancaram, deram choque, esquentaram ferro e a queimaram", explicou Tarik.
Uma mulher tomou um susto na noite do último domingo (18), após alugar um imóvel dela por uma plataforma digital. Ao entrar no local, encontrou um homem morto em um dos cômodos da residência.
Ela relatou que, para complementar a renda, alugou a casa para quatro pessoas. Conforme apuração da TV Gazeta, o grupo chegou ao local no início da tarde de domingo (18) e permaneceu até por volta das 20h. Nesse meio tempo, outro homem foi até o local, mas não saiu do imóvel.
No boletim de ocorrência consta que a dona do imóvel foi ao espaço na noite deste domingo (18) conferir os pertences, após o grupo fazer checkout (deixar o espaço), e encontrou um dos homens caído no chão.
A vítima foi encontrada sem camisa, com hematomas na boca, braço esquerdo, tórax e ainda perfuração na barriga.
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