O acidente na tirolesa do Morro do Moreno, em Vila Velha, que resultou na morte de João Paulo dos Reis, aos 47 anos, completa um ano e seis meses nesta terça-feira (1º). Apesar do tempo, a Polícia Civil ainda não concluiu o inquérito e o caso ainda segue em investigação, sem respostas. O engenheiro civil morreu no dia 1º de maio de 2021 após colidir com uma estrutura da segunda plataforma, enquanto fazia a descida na atração. Ele foi à tirolesa acompanhado pela filha, na época com 14 anos, e uma amiga dela.
As duas desceram primeiro e foram seguidas por João, que bateu nos primeiros 100 metros da atração. Momentos antes da descida, em um vídeo filmado por ele mesmo, é possível vê-lo perguntando a um dos condutores sobre a segurança e o freio da atividade de lazer.
Quando o caso completou um ano, a irmã de João Paulo, Juliana Sampaio dos Reis, relatou estar com mais perguntas do que respostas. De acordo com ela, a família segue em contato com a Polícia Civil, questionando sobre o resultado da perícia realizada nos equipamentos que eram usados pela vítima no momento do acidente.
Um ano e meio após a morte de João Paulo, o irmão da vítima afirmou que a família tem poucas informações das investigações. A viúva do engenheiro civil saiu do Estado e atualmente mora em Goiás com os dois filhos do casal.
Na época da morte, o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar relatava que um dos responsáveis pela atração retirou os equipamentos de segurança da vítima e teria se recusado a apresentá-los aos policiais. Ele foi identificado como o cabo do Corpo de Bombeiros Geovane Lutes, um dos sócios cotistas da atração, ou seja, que recebe os lucros sem participar da administração.
Três dias depois, o sócio-administrador da tirolesa, Alex Magnato, disse que todo o material foi entregue à perícia da Polícia Civil, e que a empresa estava colaborando com as investigações do caso. Além disso, de acordo com ele, Geovane teria chegado ao local e socorrido a vítima antes da chegada do Corpo de Bombeiros.
Desde então, a atração segue fechada ao público. O sócio da tirolesa, Alex Magnato, disse que a polícia ainda não concluiu o inquérito, nem entregou o laudo técnico. A tirolesa, portanto, segue fechada. Os sócios chegaram a pedir que ela fosse desmontada, mas isso não foi autorizado. Um ano e seis meses depois do caso, a reportagem da TV Gazeta voltou a procurar as instituições responsáveis pela apuração. Veja as repostas:
A Polícia Civil informou que o inquérito segue em andamento na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vila Velha. A corporação informou que aguarda o resultado de um laudo pericial e não divulgou mais detalhes sobre a apuração.
O Corpo de Bombeiros também foi procurado e informou que os cabos cometeram transgressão disciplinar ao trabalharem fora das funções militares sem comunicar à corporação. Eles foram punidos com sanções disciplinares, informou o Corpo de Bombeiros.
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