Um vídeo obtido por A Gazeta por meio de câmeras de segurança mostra o momento exato da colisão entre o veículo Corolla e a moto em que estavam a jovem Amanda Marques, de 20 anos, e o companheiro dela, Matheus José Silva, de 23 anos. Do acidente, ocorrido na Rodovia Darly Santos, no dia 17 de abril, Amanda foi vítima fatal e Matheus chegou a ficar hospitalizado. O condutor do carro, Wagner Nunes de Paulo, de 28 anos, é réu no processo judicial que corre na 4ª Vara Criminal de Vila Velha.
Na imagem, a moto aparece devagar e atrás o carro vindo em alta velocidade. Na imagem seguinte, é possível ver a colisão e faíscas da moto arrastada pelo asfalto.
De acordo com o advogado Fábio Marçal, assistente à acusação e representante de Renata Aparecida Marques, mãe de Amanda, o registro em vídeo, que mostra o carro trafegando em alta velocidade, traduz "desrespeito pela vida humana".
Procurado pela reportagem, o advogado Ramon Coelho Almeida, responsável pela defesa do acusado Wagner Nunes de Paulo, ainda não se manifestou. Esta publicação será atualizada caso haja resposta.
No dia 5 de maio, o advogado afirmou à reportagem de A Gazeta que "a defesa só irá se manifestar nos autos do processo a partir de agora".
O acidente que tirou a vida de Amanda Marques, 20 anos, e mudou drasticamente a de Matheus José da Silva, de 23, aconteceu na noite de 17 de abril deste ano. O casal estava de moto e voltava da casa da mãe da jovem pela Rodovia Darly Santos, em Vila Velha. Quando passavam pelo bairro Jardim Asteca, eles foram atingidos por um carro dirigido por Wagner Nunes de Paulo. Era Matheus quem pilotava a moto, modelo Honda XRE 300, no momento em que o Corolla, que seguia no mesmo sentido na pista, atingiu a traseira da motocicleta, segundo a Polícia Militar.
Com a força do impacto, as vítimas foram arrastadas por cerca de 50 metros até o veículo parar. A jovem Amanda morreu ainda no local, enquanto o namorado foi socorrido em estado grave para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória.
O motorista, identificado como Wagner Nunes de Paulo, de 28 anos, se recusou a fazer o teste de etilômetro no local do acidente, mas foi detido em flagrante após a batida e foi autuado inicialmente por homicídio culposo na direção de veículo automotor, crime previsto no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro, como informou a Polícia Civil, por meio de nota, à ocasião.
Apesar de detido no local do acidente, Wagner Nunes de Paulo teria tentado arrancar com o carro para fugir, sendo impedido por testemunhas, que também afirmaram que o motorista estava embriagado e dirigindo em alta velocidade. Na ocasião, um policial civil amigo da família teria tentado retirá-lo da cena e ameaçado as pessoas.
Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana no dia 18 de abril, onde passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, a pedido do Ministério Público, prisão que ainda está mantida.
Após as investigações, a Delegacia de Delitos de Trânsito concluiu que o condutor tinha ingerido bebida alcoólica durante uma festa com amigos. Indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil, Wagner Nunes de Paulo está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória de Viana II, segundo a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus).
De acordo com o relatório do caso obtido pela TV Gazeta, o procedimento adotado no atendimento ao acidente teve várias falhas, incluindo a ausência de teste toxicológico (diante da recusa do bafômetro). Por isso, as condutas deveriam ser apuradas. A Polícia Civil e a Polícia Militar já afirmaram que vão investigar as atitudes.
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