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Morto no Bairro da Penha tinha mandado de prisão em aberto, diz secretário

Morto no Bairro da Penha tinha mandado de prisão em aberto, diz secretário

Primeira morte em confrontos entre traficantes e policiais foi registrada na noite de sexta-feira (7). Na manhã deste sábado (8), a PM confirmou um segundo óbito

Publicado em 8 de julho de 2023 às 18:06

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Policiais militar no bairro Bonfim, em Vitória
Policiais militares no bairro Bonfim, em Vitória. (Roberto Pratti)

Um dos homens mortos durante confrontos entre traficantes e a na noite de sexta-feira (7) e a manhã deste sábado, em Vitória, tinha mandado de prisão em aberto, segundo o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho. A vítima, identificada como Natanaeliton da Mota, tinha 24 anos e foi morta no Bairro da Penha. Outro homem morreu neste sábado, no bairro Bonfim. 

"O morto de ontem [sexta-feira] tinha passagem pela polícia. Ele tinha passagem por tráfico de entorpecentes, por tentativa de homicídio, estava com um mandado de prisão em aberto, confirmado pelo [delegado] Romualdo [Gianordoli, superintendente da Polícia Especializada]. O irmão dele está preso e é uma das lideranças do PCV (Primeiro Comando de Vitória). Então, infelizmente é um histórico de um rapaz jovem que entra no mundo do crime e que vem a se confrontar com a polícia", declarou Ramalho, em coletiva de imprensa realizada neste sábado (8). 

"Se nós não entrarmos [no morro], nós vamos achar normal jovem de 14 a 29 anos circulando com fuzil pendurado no pescoço, atirando contra a polícia e depois atirando contra a comunidade. Nós vamos continuar com o nosso policiamento. É um policiamento difícil, feito na canela do policial. Longas escadarias, becos, vielas... vamos continuar partindo para cima, principalmente de homicidas e traficantes", prosseguiu. 

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Sabemos que o tráfico local tem ligação com o tal de Marujo. Estamos trabalhando com a Inteligência, compartilhando informações

Alexandre Ramalho 
Secretário de Segurança Pública e Defesa Social  do Espírito Santo
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Na coletiva, coronel Ramalho também ressaltou a necessidade de ajuda do Ministério Público do Espírito Santo e da Justiça no combate ao tráfico no Estado.

“Precisamos do apoio, neste momento, do Ministério Público e do Poder Judiciário. Precisamos de mandados de busca e apreensão e de mandados de prisão. Precisamos entrar nesse morro para retirar armas de fogo e retirar indivíduos que trazem transtorno para toda a sociedade capixaba", disse. 

A morte de Natanaeliton da Mota ocorreu durante o primeiro confronto entre a Polícia Militar e criminosos no Bairro da Penha, na noite de sexta-feira (7), por volta das 22h30. Segundo Ramalho, equipes faziam patrulhamento na região quando foram surpreendidas com disparos de arma de fogo e revidaram. Na ação, o homem foi baleado, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

Com Natanaeliton foram encontradas arma e drogas. "Repeliram (os militares) a injusta agressão e um indivíduo, com ficha criminal, demonstrando permanência no tráfico de drogas e tentativa de homicídio, foi atingido, vindo a óbito. Com o mesmo foi encontrada uma pistola .40 e dois carregadores", afirmou Ramalho.

A ação de patrulhamento nos bairros São Benedito, Jaburu, Gurigica e Bairro da Penha começou às 17h e foi finalizada às 23h. Ainda assim, durante a madrugada e o início da manhã deste sábado, moradores relataram ter escutado barulho de muitos tiros nas imediações.

Segunda morte 

A Polícia Militar informou na manhã deste sábado (8) que, durante o reforço de patrulhamento na região, policiais constataram que criminosos fizeram barricadas para tentar impedir a presença deles. Houve um novo confronto, no bairro Bonfim, e um homem acabou morto, por volta das 7h30. Ainda durante o conflito, uma viatura da Polícia Militar foi apedrejada.

A vítima, segundo moradores, seria um morador em situação de rua, com cerca de 45 anos, conhecido apenas como Mineiro.

Ramalho destacou que a morte desse segundo homem será investigada e somente a perícia da Polícia Civil vai apontar se o tiro fatal foi disparado por policiais ou por traficantes.

"Nós estávamos com uma troca de tiro, não sabemos de onde vem o tiro, nosso policial se abriga. Tem que ver o local exato que ele foi atingido, se foi o tiro vindo de cima para baixo. A nossa guarnição estava na parte baixa do morro, fazendo apenas a contenção e 6h30 da manhã foi afrontada porque eles queriam descer o morro para botar fogo em ônibus, e nós impedimos, mais uma vez, que isso acontecesse", afirmou. 

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