O motorista que se envolveu em um acidente com um ônibus e um carro na BR 116, em Minas Gerais, foi liberado após ser ouvido pela Polícia Civil, na segunda-feira (23). No início da tarde, Arilton Bastos Alves, de 49 anos, se apresentou, acompanhado de advogados, em uma delegacia de Teófilo Otoni, cidade onde ocorreu a tragédia.
Arilton era considerado foragido e procurado pelas autoridades de segurança, após fugir do local da ocorrência. Segundo a Polícia Civil, o homem é natural do Espírito Santo. Ao todo, 41 pessoas morreram vítimas da batida.
Segundo a corporação, o homem foi até a sede do 15º Departamento de Polícia Civil em Teófilo Otoni, onde foi ouvido pelo delegado responsável pela investigação e depois liberado.
"Uma vez que a representação pela prisão preventiva do suspeito, formulado pela PCMG, foi indeferida pela Justiça e que não estavam mais configuradas as hipóteses taxativas de prisão em flagrante (art. 302 do Código de Processo Penal), o motorista foi liberado. As investigações sobre o caso continuam, e mais informações sobre o inquérito serão fornecidas em momento oportuno", informou.
A Polícia Rodoviária Federal afirmou que fez contato com as agências de inteligência de outros Estados, sobretudo do Espírito Santo, na tentativa de capturá-lo. Foi montada uma força-tarefa para tentar localizar e prender o homem, com atenção nas regiões de divisa. Houve a suspeita de que o homem poderia estar em alguma cidade capixaba.
A PC de Minas Gerais trabalha com a linha de investigação de que o acidente foi motivado pelo desprendimento de um bloco de granito que era transportado pela carreta. Foi verificado pelos agentes que o veículo estava com a carga acima do limite permitido, o que indicaria responsabilidade do condutor do veículo. Notas ficais apontam que a carga saiu do Ceará e seguia para o Espírito Santo.
O atrito do material com o asfalto seria a causa do incêndio. As vítimas que estavam no ônibus morreram carbonizadas. A região onde ocorreu o acidente é conhecida como foco de extração de granito.
A Polícia Militar mineira constatou ainda que o condutor do veículo de carga estava com a habilitação para dirigir cassada desde 2022, quando foi parado em uma blitz da Lei Seca em Mantena, município limítrofe com o Espírito Santo, e se negou a fazer o teste do bafômetro. Desde então, ele não tinha permissão para dirigir.
Vítimas que estavam no carro de passeio envolvido, no entanto, relataram que o ônibus teve o pneu traseiro estourado em uma baixada e acabou avançando na contramão. O depoimento do motorista da carreta sobre a dinâmica do acidente pode ser importante para as investigações.
*Com informações da Folhapress
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta