O que começou com a filmagem de uma rua terminou em denúncia de agressão no bairro Hélio Ferraz, na Serra, na noite da última quinta-feira (16). A motorista de um ônibus do Sistema Transcol afirmou que levou tapas do condutor de outro veículo, que, segundo ela, achou que a vítima estava gravando imagens dele.
Segundo a motorista, que não será identificada por segurança, tudo aconteceu quando ela ia passar por uma rua do bairro, que costuma estar sempre com carros estacionados, o que dificulta a passagem do ônibus. "Toda viagem ali é ruim porque os carros ficam parados no meio da rua. Desci para fazer vídeo e mostrar para o instrutor, para ele ver como passar por ali é ruim. Quando eu desci para fazer a filmagem, o cara já se alterou, falando que ali não tinha que passar ônibus. Foi muito rápido", detalhou.
Logo em seguida, segundo ela, o condutor desceu do carro. A cena foi gravada pela motorista. "Eu expliquei que estava filmando para o instrutor e que ali era itinerário do ônibus. Eu fui bem tranquila, falei que tinha um poste na rua e que não dava para passar, que ele tinha me cortado. Aí ele me agrediu, me bateu, quebrou meu celular."
Passageiros do ônibus e moradores ajudaram a motorista e discutiram com o condutor, que voltou para o carro e saiu do local. De lá, a vítima foi até a delegacia, onde registrou a ocorrência.
Em 8 anos como motorista do Transcol, ela disse que já passou por situações complicadas, mas que essa foi a mais violenta. "Nunca pensei que fosse passar por isso. Passei por exame de corpo de delito, fiquei com o braço roxo e com o dedinho machucado. Hoje (sexta) não vou poder trabalhar, terei que passar por exames", desabafou.
Em nota, a Polícia Civil disse que "a vítima compareceu à Delegacia Regional da Serra, onde prestou depoimento e representou criminalmente contra o investigado. O caso segue sob investigação do 13º Distrito Polícia da Serra e até o momento, nenhum suspeito foi detido. Informações podem ser compartilhadas de forma sigilosa por meio do Disque-denúncia (181), que é uma linha de contato gratuita, disponível em todos os municípios do Estado. As informações passadas pela comunidade podem ser cruciais para o avanço das investigações".
A reportagem de A Gazeta pediu nota ao Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) e à Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb/ES) sobre o ocorrido, mas, até a publicação desta matéria, não obteve retorno.
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