O motorista Valnoega Moreira, de 73 anos, envolvido no acidente que levou à morte da fisioterapeuta Daniele Gonçalves, 39 anos, na Rodovia do Sol, em Vila Velha, na quinta-feira (9), estava com sinais de embriaguez, de acordo com a Polícia Militar. O condutor se recusou a fazer o teste do etilômetro. Mas o auto de constatação de sinais de alteração da capacidade psicomotora realizado pelos policiais apontou que o Valnoega estava nervoso, apresentava fala alterada e odor etílico, conforme apuração da TV Gazeta.
Segundo a PM, a batida aconteceu quando Valnoega não respeitou uma placa de “Pare”, fez um retorno e entrou na pista sem aguardar a passagem do veículo onde estavam Daniele, o marido dela, de 45 anos, e a filha, de 2 anos. Com isso, o carro da família, que tinha a preferência na rodovia e seguia no sentido Guarapari, não conseguiu parar, acontecendo a colisão e o capotamento.
Devido à batida, Daniele acabou sendo arremessada para fora do carro. Ela morreu no local. Já a filha dela foi levada para o Hospital Infantil de Vila Velha, mas teve alta após não ser identificado nenhum ferimento.
O marido da vítima também foi encaminhado a um centro médico devido aos ferimentos nos braços e pernas. Porém, eram leves e o homem recebeu alta na quinta-feira (9).
A Polícia Civil informou que Valnoega foi conduzido à Delegacia Regional de Vila Velha e autuado em flagrante por homicídio culposo na direção de veículo automotor com o agravante de conduzir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência e praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor (2x).
O motorista foi, posteriormente, encaminhado ao sistema prisional, segundo a Polícia Civil. Já a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou que Valnoega Moreira deu entrada no Centro de Triagem de Viana, na Grande Vitória.
Responsável pela manutenção da rodovia, a Ceturb-ES informou, em nota, que por causa da batida foi preciso interditar uma das pistas para realizar a remoção dos veículos.
O primo de Daniele, o médico Igor Gonçalves, contou à reportagem da TV Gazeta que a fisioterapeuta realizava o sonho de ser mãe. Ao ter a menina de dois anos, ela fechou a clínica que mantinha em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, para morar em Vitória e se dedicar à maternidade.
"Era apaixonada pelo que fazia. Com muitos clientes, trabalhou em Cachoeiro por muitos anos. Ela optou por abrir mão do emprego e da clínica que tinha lá para vir para cá (Vitória). Tinha abdicado totalmente para se dedicar à filha e estava retomando agora ao trabalho”, disse o familiar.
Agora, os parentes procuram forças para seguir em frente. “Aconteceu essa tragédia que deixa a gente desnorteado sobre o que vamos fazer e as mudanças que vai causar na rotina da nossa família", lamentou o primo.
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