Após a publicação desta matéria, foi divulgado o termo de audiência de custódia de Adriana Felisberto, suspeita de atropelar e matar a Luísa Lopes. No documento, consta a informação de que haveria a possibilidade de outro motorista ter atropelado a jovem e arremessado seu corpo sobre o carro de Adriana. O texto e o título foram atualizados.
A motorista suspeita de atropelar e matar uma ciclista na noite desta sexta-feira (15), na Avenida Dante Michelini, na altura do bairro Jardim da Penha, em Vitória, foi detida pela Polícia Militar ainda no local do acidente, encaminhada a uma delegacia, onde teve a prisão em flagrante decretada. Aos militares, ela disse que não ingeriu bebida alcoólica, mas se negou a realizar o teste do bafômetro no local. Para a PM, ela estava com sinais de embriaguez.
Segundo a repórter Daniela Carla, da TV Gazeta, a corretora de imóveis que dirigia o veículo, Adriana Felisberto Pereira, 33 anos, passou a noite na Delegacia Regional de Vitória e, na manhã deste sábado (16), foi levada ao Departamento Médico Legal (DML) para fazer exames antes de seguir ao sistema prisional. Às 12 horas, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que ela está no Centro Prisional Feminino de Cariacica.
O atropelamento ocorreu por volta das 20 horas de sexta (15), no sentido Praia do Canto-Jardim Camburi. Com o forte impacto, Luísa Lopes, de 24 anos, chegou a ser arremessada em cima do veículo, antes de ser arrastada por vários metros.
Familiares e amigos organizam um protesto na próxima terça-feira (19), às 18 horas, para pedir justiça pela tragédia que tirou a vida de Luísa. A manifestação será na Av. Dante Michelini, em frente ao Clube dos Oficiais.
A técnica de enfermagem Lilian Amorim, conta que passava pelo local e tentou socorrer a jovem até a chegada do Samu. "Quando chegou a equipe do Samu, eles ainda tentaram, ela ainda estava viva, usaram o ressuscitador, mas poucos minutos depois parece que ela realmente veio a óbito."
A jovem, que era modelo e estudante do curso de Oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Luisa era apaixonada pelo Carnaval e desfilava pela Unidos de Jucutuquara, sendo uma das principais atuantes na ala das passistas.
A bicicleta da modelo ficou destruída após o acidente. O carro que a atingiu também foi danificado. Policiais militares que atenderam a ocorrência acreditam que o veículo estava em alta velocidade quando atingiu a jovem.
No carro com Adriana estava uma irmã dela. Segundo apuração do repórter Caique Verli, da TV Gazeta, as duas voltavam de um bar quando o acidente aconteceu. Adriana negou ter ingerido bebida alcóolica porque, segundo a mesma, faz uso de medicamento para depressão. Entretanto, segundo os militares, havia claros sinais de embriaguez. Foi oferecido a ela o teste do bafômetro, mas a corretora se recusou a fazê-lo, e atribuiu a fala arrastada e embolada aos medicamentos de que faz uso.
A reportagem de A Gazeta procurou a Guarda Municipal que, em nota da Secretaria de Segurança Urbana de Vitória (Semsu), informou que a Polícia Civil e a Polícia Militar chegaram ao local e assumiram a ocorrência. As equipes da Guarda de Trânsito permaneceram auxiliando os motoristas. Duas faixas precisaram ser interditadas para atendimento da ocorrência.
Segundo apuração da repórter Daniela Carla, da TV Gazeta, Adriana foi autuada por embriaguez ao volante com fiança arbitrada em R$ 5 mil. Como o valor não foi pago, a corretora de imóveis foi encaminhada ao presídio, onde deve passar por audiência de custódia.
A Policia Civil foi acionada pela reportagem tanto na noite de sexta-feira quanto na manhã deste sábado para saber mais detalhes sobre o caso, mas a assessoria apenas informou que não conseguiria fornecer respostas porque “a ocorrência não foi localizada no plantão vigente".
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