A mulher suspeita de ter arremessado uma cadela do carro em movimento no último sábado (2), na comunidade de São Paulo, em Presidente Kennedy, prestou depoimento à polícia nesta sexta-feira (8) e disse que o animal, na verdade, teria pulado do veículo.
Segundo o titular da Delegacia de Polícia de Presidente Kennedy, delegado Thiago Viana, a mulher alegou que ela e o marido pegaram a cadela, que estaria abandonada em uma estrada próxima à comunidade de São Paulo, e iriam levá-la para a casa deles, em Cachoeiro de Itapemirim. “Mas o cachorro conseguiu se desvencilhar e teria pulado do carro. Como já estavam dentro de uma localidade com bastante gente, não quiseram voltar para buscar o animal”, expôs o delegado sobre a versão da mulher em depoimento.
Ainda de acordo com o delegado, na linha de investigação, também poderá ser considerada a possibilidade de furto do animal. “Nós começamos apurando maus-tratos, mas detectamos que houve, possivelmente, um furto. Se estava de coleira possivelmente não estava abandonado. Vamos ter que encaminhar mais com a investigação para detectar qual o tipo de crime houve. Mais pessoas vão ser ouvidas", disse.
A mulher foi liberada após prestar depoimento. O prazo para o inquérito ser concluído é de 30 dias.
Após terem se comovido com o fato, uma família de Presidente Kennedy resolveu adotar o animal. A família – que preferiu não se identificar – batizou a cadela de “Pretinha”. Em conversa com o repórter Caio Dias, da TV Gazeta Sul, os novos donos contaram que o animal estava bem machucado e assustado depois que caiu do carro em movimento.
Na quinta-feira (7), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos Contra os Animais, da Assembleia Legislativa, enviou um ofício para a Polícia Civil e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para identificar e localizar quem estava no veículo.
Em nota nesta sexta-feira (8), a CPI informou que as denúncias mensais de maus-tratos a cães e gatos no Estado que recebe são todas apuradas. “Nós não temos poder de polícia, por isso é preciso que o denunciante registre um boletim unificado na Polícia Civil para que a CPI tenha respaldo para atuar. A CPI também não dispõe de abrigo”, completou.
Com informações do repórter Caio Dias, da TV Gazeta Sul
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