Na próxima quarta-feira (23), os acusados de matar o policial civil Elias Borrette Mariano, de 51 anos, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, vão a júri popular, no Fórum Desembargador Horta de Araújo, no município. O caso aconteceu na casa do policial, em Cachoeiro, no dia 31 de agosto de 2018 e chocou os moradores.
Na época, a mulher do policial, Cristiane Caldeira Burock, e o amante, Giovanni Gama de Oliveira, além de um rapaz contratado para executar a vítima, Felipe Barbosa dos Santos, foram presos horas após o crime.
Elias Borrette Mariano era investigador da 7° Delegacia Regional de Cachoeiro. Ele teve a casa invadida durante a madrugada no Boa Vista. Após atirar no policial, o executor fugiu levando uma viatura descaracterizada usada de Elias, um Ford Fiesta sedan. A mulher e a filha do casal estavam na residência. O carro foi abandonado em Atílio Vivácqua, logo após o crime.
Após ser presa, a mulher da vítima confessou à Polícia Civil que encomendou e tramou, com a ajuda do amante, a morte do marido. O crime foi cometido com a arma do policial – uma pistola .380. Oito tiros, segundo a polícia, foram disparados contra Elias Borrete, que era investigador do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC). Elias dormia enquanto Felipe Barbosa da Silva, que na época tinha 19 anos, efetuava os disparos.
Após as prisões, o superintendente de Polícia Regional Sul, o delegado Faustino Antunes Simões Filho, contou que todo o caso foi premeditado cerca de uma semana antes do crime. A esposa do policial conheceu Giovanni Gama na academia. Ele era motorista de aplicativo na época. Após um mês do relacionamento extraconjugal, planejaram o crime, no intuito de ficarem juntos. Giovanni recebeu da mulher do policial a quantia de mil reais, e o valor foi pago ao executor Felipe Barbosa da Silva.
Segundo a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus), Cristiane Caldeira Burock segue presa no Centro Prisional Feminino de Cachoeiro de Itapemirim. A defesa da ré, o advogado Lincoln Melo, disse que o processo é complexo e possui diversas irregularidades. Informou ainda que estuda o caso para o júri, já que não fez a instrução do processo. Acredita que a força do Direito deve prevalecer.
Giovanni Gama de Oliveira também permanece preso no Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim. A defesa do acusado não foi localizada pela reportagem.
O executor, Felipe Barbosa da Silva, está no Centro de Detenção Provisória de Marataízes, segundo a Sejus. A reportagem também tentou localizar o advogado que defende do réu, mas sem sucesso.
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