Uma mulher e o dono de uma funerária foram presos suspeitos de envolvimento na morte de um idoso, no bairro Nova Munique, em Vila Pavão, no Noroeste do Espírito Santo. Segundo informações da Polícia Militar, após ser assassinado, Sebastião Lopes de Jesus, de 73 anos, teria tido o corpo esquartejado e colocado em duas sacolas e em uma mala no porta-malas do carro da suspeita e, posteriormente, as bolsas teriam sido jogadas em um rio. O corpo da vítima ainda não foi localizado.
Eleni Martins Gonçalves estava em um veículo quando foi abordada pelos militares e confessou o crime, na noite desta quinta-feira (27). Aos policiais, ela deu diferentes versões sobre a autoria do homicídio, mas sustentando a suspeita de envolvimento dela e de Roberto Pereira Lage, com quem tinha um relacionamento extraconjugal, no assassinato.
Na tarde desta sexta-feira (28), a polícia prendeu também Roberto por suspeita de participar do crime, segundo informações do delegado Douglas Sperandio, responsável pelas investigações.
O tenente Helmer da Polícia Militar contou para A Gazeta que chegou até Eleni após receber uma denúncia de que na quarta-feira (26) a suspeita foi vista retirando sacolas e uma mala de casa e que, em frente à residência, havia um veículo de uma funerária, que seria de propriedade de Roberto. Vizinhos relataram para a PM que havia um odor muito forte de sangue.
Segundo a PM, as sacolas e a mala foram colocadas no porta-malas do carro particular de Eleni, e o veículo funerário seguiu acompanhando o automóvel dela até a saída da cidade para Barra de São Francisco, município vizinho, onde foi abandonado. Ainda conforme as denúncias que chegaram aos policiais, o amante dela, em seguida, entrou em outro automóvel e foi com a mulher até um rio em Colatina, onde as bolsas foram descartadas.
Eleni foi monitorada pelos policiais, até que retornou para casa. Na noite desta quinta-feira, com o apoio da perícia da Polícia Civil – utilizando o luminol (substância em pó que ajuda a identificar presença de sangue em locais com suspeita de crime) – foi encontrado sangue humano no interior do carro dela e na calçada em frente à casa da mulher.
“A gente recebeu uma denúncia anônima no dia 26 (quarta-feira). Ela teria um carro funerário na sua porta e descia as escadas da casa com sacolas plásticas e malas, usadas por funerárias. Vizinhos relataram também um forte odor. Foi estranho, porque não houve o comunicado de morte antes. Fizemos monitoramento da pessoa e solicitamos o apoio da Polícia Civil. Ela não tinha como negar e confessou”, disse o tenente Helmer, da PM.
O tenente Helmer explicou que o carro foi visto na cidade apenas na quarta-feira e há a suspeita de que a vítima tenha morrido dias antes. Na semana passada, segundo o policial, Sebastião havia ido até a delegacia alegando ter sofrido agressões da mulher e relatou ter medo de ser envenenado. No interior da casa da suspeita, os policiais encontraram tambores com água e havia sangue.
Eleni está presa e deve passar por audiência de custódia na tarde deste sábado (29), às 13h.
A Polícia Civil foi procurada pela reportagem de A Gazeta. Em nota, disse que a ocorrência está em andamento e não há mais detalhes que possam ser repassados.
Após publicação desta matéria, a Polícia Civil informou que o homem suspeito de ser coautor do crime também foi preso. O texto foi atualizado com a informação da prisão e com o nome dele.
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