Uma auxiliar de serviços gerais de 56 anos passou por momentos de desespero ao levar golpes de facão no pescoço e na cabeça no final da noite do último sábado (2), no bairro jequitibá, em Aracruz. A Polícia Militar informou que testemunhas indicaram que o suspeito do crime seria o companheiro da vítima, um homem de 41 anos com quem a mulher vivia havia sete anos, e que a agressão ocorreu durante uma briga entre o casal.
Segundo familiares da mulher, antes de deixar o local o suspeito pegou os documentos da vítima, trancou a casa, desligou o disjuntor e saiu com o carro, não retornando mais ao local.
Em nota, a Polícia Militar informou que foi acionada e, ao chegarem ao local, militares se depararam com a mulher ensanguentada na janela da residência pedindo socorro. Os policiais precisaram arrombar o portão da casa, que estava trancado, além de uma grade na porta de entrada.
A PM disse ainda que vizinhos relataram que a auxiliar de serviços gerais havia sido agredida pelo companheiro durante uma discussão e que, em seguida, ele teria fugido do local em um carro de cor escura e antigo, tomando destino ignorado. Segundo a corporação, "a vítima não tinha condições relatar sobre o ocorrido, mas fez sinal positivo ao ser perguntada se foi agredida com um facão", afirmou em nota.
O filho da vítima, um operador de máquinas, contou à reportagem que descobriu que o que havia acontecido com a mãe após receber uma ligação telefônica do primo. "Ele me explicou que o pessoal ligou para o dono da casa, que é alugada. Quando chegaram na frente da casa e viram o portão cheio de sangue. Foi aí que escutaram minhã mãe pedindo socorro", disse.
A auxiliar de serviços gerais foi está internada em estado grave no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, conforme familiares.
Os parentes nunca pensaram que a relação fosse evoluir para algo agressivo, pois ele sempre se mostrou como uma pessoa gentil. "Quando estava com a família ele sempre é legal, se enturmava com a gente e nunca vimos nada de errado. Estive na casa deles há uns 15 dias em um churrasco e estava tudo bem", falou.
A PM informou que a arma branca foi localizada na casa e apreendida. Já a Polícia Civil disse que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz.
"Até o momento, nenhum suspeito foi detido. Informações podem ser compartilhadas de forma sigilosa por meio do Disque-denúncia (181), que é uma linha de contato gratuita, disponível em todos os municípios do Estado. As informações passadas pela comunidade podem ser cruciais para o avanço das investigações", disse.
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