A autônoma Edina Martins de Souza Gimenez, de 39 anos, foi morta com uma facada no peito, na manhã desta quarta-feira (1), no bairro Lagoa de Jacaraípe, na Serra. O marido dela é apontado pela Polícia Civil como suspeito do crime.
Segundo informações de familiares da vítima, Edina e o marido ficaram juntos por 11 anos e estavam separados há cerca de três meses. O suspeito não aceitava o fim da relação.
Na noite de terça-feira, Edina passou o réveillon em Jacaraípe com as duas filhas, de 18 e 7 anos. Por volta das 6 horas desta quarta-feira (01), o suspeito começou a enviar mensagens para Edina, dizendo que entregaria para ela as chaves da casa onde o casal morava. A vítima então retornou para casa, para se encontrar com o suspeito.
Segundo os investigadores da DHPP, Edina e o marido entraram na residência às 8h e começaram a discutir. Dois minutos depois, vizinhos ouviram gritos. A vítima foi encontrada com uma facada no peito, dentro de casa. O suspeito não foi localizado. A arma do crime foi apreendida pela polícia.
De acordo com a Polícia Civil, o casal tinha um histórico de muitas brigas. O caso foi registrado no Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Edina era de Vila Velério, no Norte do Estado. A família esteve no Departamento Médico Legal (DML) para fazer a liberação do corpo. O enterro acontece nesta quinta-feira (2), na cidade natal da vítima.
De acordo com nota da Polícia Civil enviada na manhã desta quita-feira, "até o momento nenhum suspeito foi detido. O caso seguirá sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), e outras informações não serão passadas, no momento, para não atrapalhar o andamento das investigações. Por padrão, a assessoria da Polícia Civil não divulga nomes de vítimas. Autores só têm a identidade divulgada quando são presos em flagrante, ou há mandado de prisão em aberto".
Na nota, a PC afirma ainda que "conta com a colaboração da população e qualquer contribuição para identificação de suspeitos pode ser feita por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo disquedenuncia181.es.gov.br, onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas. O anonimato é garantido e todas as informações são investigadas".
O crime é o primeiro registro de feminicídio quando uma mulher é assassinada pela simples condição de ser mulher, como nesses casos em que o companheiro parte para a violência quando ela tenta terminar o relacionamento de 2020.
Já a partir deste primeiro dia do ano, A Gazeta passa a contar numericamente todos os casos de feminicídio no Espírito Santo. A intenção é que, por meio dessa ferramenta, as histórias fiquem registradas, além de servir de alerta para tentar inibir novos crimes e buscar respostas das autoridades.
A iniciativa faz parte do projeto Todas Elas, que entra na rotina da redação A Gazeta/CBN Vitória a partir de hoje, e que pretende dar visibilidade para as várias formas de violência contra a mulher e as maneiras de enfrentá-las.
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