Uma mulher de 51 anos foi presa por ameaça e injúria racial após confessar que estava fazendo boca de urna e ainda proferir ofensas racistas a uma policial militar durante o primeiro turno das Eleições 2024, no domingo (6), em frente a uma escola no Bairro da Penha, em Vitória. Conforme o boletim de ocorrência da Polícia Militar, Marlene Silva Nascimento teria chamado a sargento de "neguinha".
Os militares relataram, no boletim, que estavam fazendo o patrulhamento referente às eleições quando viram um tumulto na frente da escola. Conforme descrito pelos policiais no registro, Marlene Silva Nascimento, de 51 anos, estaria com sintomas de embriaguez, xingando e dizendo que ninguém iria tirá-la de lá.
Os policiais ressaltaram que aquela conduta era inadequada, momento em que ela ficou mais exaltada, sentou na escada da escola e, segundo a ocorrência, disse: "Estou fazendo boca de urna mesmo, eu vou presa, mas daqui essa neguinha não me tira", fala direcionada a uma militar.
Logo em seguida, ainda na frente dos policiais, ela se levantou e entregou um santinho de um candidato a uma pessoa que estava passando. A mulher foi detida. Enquanto a equipe aguardava apoio para levá-la à delegacia, a suspeita ameaçou uma sargento, dizendo que era "fechada" com o tráfico.
O caso foi registrado na Delegacia Regional de Vitória. Para o repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, a mulher disse, na manhã desta segunda-feira (7), que não se lembrava de nada porque estava embriagada. A Polícia Civil informou que Marlene foi autuada em flagrante por injúria racial, ameaça e boca de urna. Após os procedimentos de praxe, ela foi encaminhada ao sistema prisional.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que Marlene deu entrada no Centro Prisional Feminino de Cariacica nesta segunda-feira (7), por crimes previstos no artigo 147 do Código Penal (ameaça) e artigo 2º-A da Lei 7.716/89 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional.
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