Uma perseguição seguida de confronto entre policiais militares e um suspeito terminou com o autor dos disparos preso, uma mulher de 23 anos morta e um homem ferido. O caso aconteceu por volta de 2h30 da madrugada deste domingo (18), na Ilha do Príncipe, em Vitória.
A jovem que morreu levou um tiro na cabeça. Testemunhas contaram à TV Gazeta que, quando a confusão começou, ela estaria saindo de um churrasquinho com o marido, que também foi baleado.
O confronto teria começado após policiais chegarem ao bairro para verificar uma denúncia de que havia um homem armado efetuando disparos e comercializando drogas na região. Ao ver os militares, o suspeito teria tentado fugir, acompanhado, segundo a corporação, por duas pessoas, que seriam, supostamente, o casal atingido no tiroteio.
Antes do confronto, parte dos militares acompanhava a pé duas pessoas que seguiam em direção à Rua Antônio Muniz. Uma viatura passava pela Rua Joaquim Gaudio quando os agentes viram um terceiro indivíduo, saindo de um beco, em direção à Rua Antônio Muniz, com uma arma.
A PM informou que o homem apontou o revólver na direção dos militares, que revidaram. Durante a fuga, ele fez mais disparo, conseguindo escapar.
A mulher que morreu foi encontrada pela PM ainda com vida. Socorrida pela guarnição, foi encaminhada ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), mas morreu.
Ainda segundo a corporação, outras equipes permaneceram na região realizando buscas ao suspeito responsável pelos tiros quando viram o homem baleado sendo socorridos por populares.
Enquanto os militares buscavam pelo atirador, o Ciodes informou sobre um novo confronto armado, na Vila Rubim, entre a Guarda Municipal de Vitória e um rapaz de 23 anos. Este seria o suspeito de iniciar o tiroteio na Ilha do Príncipe.
Segundo a Polícia Civil, o jovem foi preso, autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana.
Ainda conforme a PC, a arma apreendida será encaminhada para o setor do Departamento de Criminalística - Balística, da Polícia Científica (PCIES), juntamente às munições e carregadores.
Como a ação deixou uma mulher morta e um ferido, o caso será acompanhado pelo Serviço de Investigações Especiais (SIE) do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), que investiga ocorrências de confronto com agentes de segurança do Estado. O corpo da jovem de 23 anos foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.
Uma moradora, que não quis se identificar, contou à TV Gazeta que várias pessoas estavam sentadas bebendo em um bar quando um dos rapazes saiu correndo, mas ela não soube dizer o motivo. A polícia, segundo ela, subiu o morro correndo atrás do suspeito pelo beco da Maranata, quando começou o confronto. Ela relatou ainda que o casal baleado tentava fugir dos tiros para se proteger, o que não foi confirmado pela polícia.
“Os moradores estão cansados da forma que a polícia realiza as abordagens. Chegam de qualquer jeito. Pegaram a moça baleada e a colocaram na viatura para ser levada ao hospital como se fosse animal morto. Todo morador está revoltado. Não estamos aceitando isso. A vítima trabalhava. Ela vinha passar o final de semana com o marido. A gente não sabe o que fazer, não pode sair na rua."
Em nota, a PM disse que os militares foram hostilizados por populares, entre eles, uma mulher de 23 anos que xingava a guarnição e que acabou sendo conduzida à 1ª Delegacia Regional de Vitória.
Com informações de Tarciane Vasconcelos, da TV Gazeta.
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