Presa acusada morte do taxista José Herculano Marques, de 75 anos, Verônica Barbosa de Andrade, de 44, fez amizade com a vítima antes do crime. A mulher, com o filho Erivelton de Andrade Agostinho, vulgo “Nego”, de 22 anos, e Heric da Silva Fidelis de Miranda, 22, são acusados do latrocínio (roubo seguido de morte) do homem em março deste ano. Mãe e filho foram presos em julho, e o terceiro suspeito está foragido.
Segundo o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, a polícia suspeitava que um dos suspeitos conhecia a vítima, pois no dia do crime, José era o quarto da fila dos táxis e, ainda assim, foi o escolhido pelo trio.
A suspeita se confirmou no decorrer das investigações. Verônica já havia solicitado outras corridas com o taxista meses antes. Ela também percebeu que ele andava com dinheiro no bolso da camisa.
“A mulher (Verônica) conhecia a vítima e virou amigo dele. Ela costumava frequentar a praça de Itacibá e conversava com ele. Durante as conversas, ela percebeu que a vítima andava com grande quantia de dinheiro”, explicou o delegado.
O trio foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) e já são réus em ação penal. Agora, a polícia continua as buscas por Heric da Silva Fidelis de Miranda, que fugiu para Minas Gerais
Após serem presos, mãe e filho contaram como aconteceu o crime. No dia do 9 de março, Heric estava com uma faca de cozinha, Verônica com facão e Erivelton com um simulacro.
Conforme relatou o delegado Rodrigo Sandi Mori, Verônica, por conhecer a vítima, Verônica pediu a corrida e o trio embarcou. Eles seguiram pela BR 101 e quando chegaram perto do local do crime, Heric anunciou o assalto.
Verônica pegou o dinheiro da vítima, cerca de R$ 500. Os três, em comum acordo, colocaram a vítima no porta-malas e seguiram até o local onde o táxi foi abandonado - próximo à região do Contorno do Mestre Álvaro. Antes de fugirem, Erivelton furou o pneu dianteiro do táxi. O carro fica no sol. Dentro do porta-malas, José ainda estava vivo. Ele ficou pelo menos seis horas lá, lutando pela sobrevivência.
A polícia divulgou, em março deste ano, imagens que mostram o trio minutos antes de eles chegarem ao ponto de táxi (confira acima). José Herculano trabalhava há 35 anos no mesmo local, e tinha o hábito de guardar dinheiro em espécie no bolso, além de deixar as notas em uma bolsa dentro do veículo.
Foram estas imagens que ajudaram a polícia. “Logo após divulgarmos as imagens, monitoramos o 181 (disque-denúncia) em tempo real e no mesmo dia, chagaram 10 denúncias qualificando os suspeitos e os possíveis endereços”, disse o titular da DHPP da Serra.
Testemunhas reconheceram o trio e, com base na identificação, a polícia representou pela prisão dos suspeitos. Ainda após a divulgação do vídeo, Heric fugiu para Minas Gerais. No dia 19 de julho, Verônica foi presa na praça de Nova Brasília, em Cariacica. No dia de 30 de julho, o filho dela, Erivelton foi preso no mesmo bairro.
“Fizemos um cerco na casa dele e ele tentou fugir por uma região de mata, mas foi preso. Os dois foram ouvidos e na oportunidade confessaram com detalhes a dinâmica, motivação e autoria”.
O taxista José Herculano Marques, de 75 anos, morreu de infarto devido às condições as quais foi submetido após ser rendido e abandonado por criminosos, em março deste ano, na Serra. O trio deixou o idoso preso no porta-malas, debaixo do sol. Lá dentro, segundo a perícia, a temperatura ultrapassou os 50 °C.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta