Duas pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (17), na Grande Vitória. Antônio de Lane, de 59 anos, e Elzeni Ferreira de Souza Gomes, de 42 anos. Os dois são apontados pela polícia como autores de uma tentativa de homicídio no dia 26 de agosto, em Pedra Azul, no município de Domingos Martins.
A operação foi deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Domingos Martins, com o apoio da Delegacia Especializada de Antissequestro (DAS). Elzeni foi presa em Arlindo Vilaschi, Viana, e Antônio foi detido na Praia da Costa, em Vila Velha.
O crime
No dia 26 de agosto houve uma tentativa de homicídio em Pedra Azul, Domingos Martins, contra um morador da região. A vítima foi atingida por sete tiros, mas conseguiu escapar. Ele foi levado por um vizinho para Venda Nova do Imigrante e, em seguida, foi encaminhado para o Hospital São Lucas, em Vitória, onde recebeu atendimento médico e sobreviveu.
Segundo o delegado Geraldo Peçanha, titular da Delegacia de Polícia de Domingos Martins, Elzeni, esposa da vítima, havia dito em depoimento que duas pessoas entraram na residência onde ela e a vítima moravam, em Pedra Azul. Uma delas a sequestrou e a deixou em um matagal, a outra teria efetuado os disparos contra o seu marido. Ela teria voltado para casa apenas no dia seguinte, quando descobriu que o marido estava internado no Hospital São Lucas.
Após investigações, a polícia concluiu que a versão de Elzeni era mentirosa e que ela teria um amante em Vila Velha, Antônio de Lane. De acordo com a polícia, os dois teriam planejado a execução da vítima para ter o caminho livre e ficar juntos. Os dois foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana (CTV), onde cumprem prisão preventiva.
Prisão e tiros
A polícia cumpriu o mandado de prisão contra Antônio por volta das 7h desta terça-feira, na rua Lúcio Bacelar, na Praia da Costa, em Vila Velha. No momento da abordagem Antônio tentou fugir de carro. Os policiais deram tiros para tentar parar o veículo e deixaram moradores e comerciantes da região assustados. Um dos disparos ricocheteou e acertou a guarita da portaria de um edifício.
A polícia Civil informou que os policiais estavam devidamente caracterizados, com distintivo e deram a voz de prisão, no entanto, o suspeito se evadiu, avançando com o carro. Por isso afirma que os disparos foram necessários.
Um procedimento foi instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil para apurar a ação dos policiais durante a abordagem. O perito criminal e chefe do Departamento de Criminalística da Polícia Civil, Tommy Romanello, foi questionado se o tiro que atingiu a portaria do prédio poderia ter vitimado uma pessoa que estivesse na guarita. Ele disse que não dá para afirmar nada antes do laudo que está sendo confeccionado para a investigação.
De acordo com a polícia, todo caso que há disparo de arma de fogo por policial é instaurado um procedimento pela Corregedoria da Polícia Civil. O prazo para o resultado da investigação é de 30 dias.
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