Uma mulher foi presa no último sábado (26) após confessar que estrangulou com uma corda o marido, de 51 anos, em Ibatiba, na Região do Caparaó. Segundo informações da Polícia Militar, o caso chegou a ser acionado como um suicídio, mas a perícia concluiu que se tratava de um assassinato. Na delegacia, a esposa confessou que cometeu o crime e disse que era agredida há anos.
De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima é Romildo Leandro de Souza. O corpo foi encontrado deitado em uma cama com uma corda fina ao lado. Segundo informações dos familiares aos policiais que estavam no local, ele teria ingerido bebida alcoólica na noite anterior e dormido sozinho no quarto. No dia seguinte, a esposa teria encontrado o marido já sem vida.
Por conta da posição do corpo, a marca no pescoço da vítima e a corda encontrada, a polícia começou a suspeitar que os fatos não coincidiam com um suicídio. Um perito criminal foi chamado e confirmou indícios de um homicídio. A polícia informou que todos os familiares que estavam no local foram conduzidos à delegacia de plantão na regional, em Venda Nova do Imigrante, para prestar depoimento e esclarecimentos.
Na delegacia, a esposa da vítima confessou o crime. Ao delegado de plantão, Cláudio Rodrigues Araújo, ela contou que o marido, além de ter bebido, havia tomado uma medicação e estava praticamente sedado. O casal estava junto há 28 anos e ela nunca havia denunciado o marido. Contou ainda que era agredia de várias formas após o homem ingerir bebida alcoólica. Depois do crime, ela dormiu na sala.
A mulher, que não teve o nome revelado pela polícia, foi autuada por homicídio privilegiado e duplamente qualificado. Ela foi encaminhada ao sistema prisional.
A versão publicada na reportagem foi baseada em informações das polícias Civil e Militar. Porém, a versão dada pela autora às autoridades e divulgada é repudiada pela família de Romildo Leandro de Souza. O irmão da vítima, José Sorato, disse que o irmão era uma pessoa respeitada na cidade e que sua morte causou comoção.
“Meu irmão era uma pessoa trabalhadora e não tinha olhos para outra mulher. Viveram juntos 28 anos. A família ficou chateada com a repercussão e acusação ao meu irmão. O que ela disse que bebia e batia nela, é mentira. Espero que a Justiça seja feita. Ele já havia sofrido atentados e pedíamos para que ele a deixasse. Era uma cara querido na cidade e todos ficaram arrasados com sua morte”, afirmou.
Após a publicação da reportagem, a família da vítima entrou em contato e pediu para se posicionar sobre o caso. O texto foi atualizado com a versão do irmão do homem morto.
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