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"Não podemos fazer justiça com as próprias mãos", diz secretário sobre morte de idoso no ES

"Não podemos fazer justiça com as próprias mãos", diz secretário sobre morte de idoso no ES

O secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre Ramalho, falou sobre as investigações do linchamento de Antonio Batista da Fonseca, de 74 anos, ocorrido na Serra

Publicado em 1 de junho de 2021 às 10:44

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O secretário estadual de segurança pública, Coronel Alexandre Ramalho, defende fiscalização mais rígida no comércio de fogos de artifício
O secretário estadual de segurança pública, Alexandre Ramalho, comenta caso de linchamento na Serra. (Reprodução/TV Gazeta)
Autor - Isaac Ribeiro
Isaac Ribeiro
Repórter de Cotidiano / [email protected]

O secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre Ramalho, repudiou o linchamento de Antonio Batista da Fonseca, de 74 anos, no bairro Central Carapina, na Serra, no domingo (30). Ele afirmou que a Polícia Civil trabalha para identificar os envolvidos. O assunto foi abordado durante entrevista ao Bom Dia ES, da TV Gazeta, na manhã desta terça-feira (1).

O idoso foi morto a pauladas por volta de 20h30 por moradores da região após comentários de que ele teria estuprado uma criança de 4 anos. A família nega os crimes e diz que a informação foi inventada por uma jovem de 25 anos que queria se vingar do idoso. A agressão foi registrada por celular e compartilhada nas redes sociais

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Nós não podemos tomar como verdade uma notícia, e daí, sair fazendo justiça com as próprias mãos [...]. Nós abominamos essa cultura da violência e precisamos destacar isso, por intermédio da educação, para novas gerações, dizendo que existe um estado democrático de direito, que existem instituições constituídas para exatamente apurar esses delitos, julgar e punir a pessoa, caso tenha cometido

Alexandre Ramalho
Secretário de Estado da Segurança Pública
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Ramalho explicou que a Polícia Civil tem um prazo legal para investigar o caso. "Nós temos um delegado muito diligente no município de Serra, que é o delegado Rodrigo Sandi Mori. Ele está se apoderando de todas essas informações, vai ouvir essas pessoas e, com certeza, nós chegaremos a quem cometeu esse homicídio", informou.

FAMÍLIA NEGA CRIME

Os parentes de Antonio contam que a violência sexual não existiu. Os familiares relataram à polícia que ele estava interessado em manter um relacionamento amoroso com uma jovem de 25 anos. Por causa disso, ele teria dado um aparelho celular a ela. Quando a mulher disse que não pretendia o envolvimento, o homem teria pegado o aparelho de volta. O episódio ocorreu há dois meses.

Então, segundo os familiares, a mulher ficou revoltada e passou a comentar com vizinhos que o idoso teria estuprado uma criança. Revoltados com a denúncia, um grupo de pessoas abordou o idoso e o agrediu. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu. O corpo dele foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML), em Vitória.

Demandada pela reportagem de A Gazeta, a Polícia Civil informou que "o fato será investigado por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Serra e, até o momento, nenhum suspeito de cometer o crime foi detido. Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada".

Por nota, a PC destaca ainda "que a população pode auxiliar na investigação por meio do telefone 181. O Disque-Denúncia é uma ferramenta segura, onde não é necessário se identificar para denunciar. Todas as informações recebidas são investigadas. As informações ao Disque-Denúncia ainda podem ser enviadas por meio do site, onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas".

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