Desde de 2018, 17 novas drogas estão em circulação no Espírito Santo. Essas substâncias foram identificadas por peritos da Polícia Civil capixaba. Os efeitos delas ainda são desconhecidos das autoridades, mas uma coisa é certa: podem até matar. Os produtos são originários da China e do Leste europeu.
A equipe da TV Gazeta foi até o laboratório forense da Polícia Civil para entender como é a análise dessas novas drogas. Os produtos têm tamanhos, cores e formatos diferentes, mas todos contam com uma composição química com um grande poder viciante para os usuários. A identificação dessas substâncias é feita por uma equipe de peritos, em laboratórios de toxicologia e química forense.
"Todas as apreensões que são realizadas pelas Denarcs (Delegacias Especializadas de Narcóticos) vão para a clínica forense, que é responsável por identificar essas substâncias. Já na toxicologia, é a intoxicação humana. Então, vão vir amostras biológicas, como sangue e urina, e nós vamos identificar essas drogas que foram utilizadas pelos humanos", explicou a perita criminal Amanda Vieira.
Os profissionais que fazem parte do laboratório forense são os responsáveis por descobrir, identificar e catalogar as drogas apreendidas em operações policiais em todo o Estado, muitas delas recém-lançadas pela criminalidade.
"Caso ocorra de ter uma nova droga não identificada, nós conseguimos identificar com maior rapidez para que ela seja incluída na lista da Anvisa", disse a perita.
Para isso, são utilizados equipamentos que conseguem fazer desde análise de álcool até a descoberta de substâncias sintéticas raras. Em 2018, os peritos capixabas identificaram 14 novas drogas sendo vendidas no Estado, enquanto que no ano seguinte foram pelo menos outras três. Os números deste ano ainda não foram divulgados.
A cada nova droga encontrada, muitas outras são criadas pelo mercado clandestino. "O usuário acaba consumindo essa substância sem saber qual o efeito que vai ter nele. Ele acaba comprando alguma uma droga ou um comprimido, achando que é aquela substância que ele rotineiramente está acostumado a usar, mas, na verdade, pode ser outra substância, são essas novas drogas", afirmou a perita criminal Mariana Hemerly Silva.
E esses profissionais precisam sempre se manter atualizados em busca de conhecer e identificar os novos entorpecentes. Eles fazem cursos constantemente e também passam por testes internacionais. Um deles faz parte de um programa das Organizações das Nações Unidas (ONU).
É um movimento mundial que mantém todo o banco de dados das drogas existentes atualizado. Aqui no Brasil, o laboratório forense do Espírito Santo também participou de um treinamento pioneiro, o projeto Minerva, do governo federal. O objetivo é formar uma rede nacional de intercâmbio de informações.
"É uma queda de braço. Tem que constantemente estar conversando, se atualizando entre as perícias, porque elas (as substâncias) surgem em cada momento", afirmou Mariana.
Com informações da TV Gazeta
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