Cinco pessoas foram presas na Operação Exodus, da Polícia Civil, que ocorreu nesta quinta-feira (3). Dentre elas, estava o atual fornecedor de ecstasy do Primeiro Comando de Vitória (PCV). Com ele, foram encontrados 6.364 comprimidos da droga, avaliados em mais de R$ 200 mil.
"Na Operação Sicário V, nós descobrimos que Raul dos Santos Pimenta era o grande fornecedor de drogas sintéticas para os bailes clandestinos, e ele foi preso. Quem ficou em seu lugar como maior fornecedor, que também era o 'cozinheiro' das drogas sintéticas, era esse alvo que resultou nessa grande apreensão. Foram mais de R$ 200 mil em ecstasy, fora as outras drogas, então foi muito boa essa apreensão", declarou o superintendente de Polícia Especializada (SPE), delegado Romualdo Gianordoli. O nome do preso não foi divulgado.
Na casa dele também foram encontrados tablete de maconha e cocaína. Segundo o delegado, no pacote do ecstasy havia até um adesivo com QR Code (uma espécie de código de barras) para facilitar o pagamento.
A Operação Exodus tinha o objetivo de cumprir 35 mandados de busca e apreensão e dois de prisão em morros de Vitória, nas proximidades da Avenida Leitão da Silva, onde houve uma série de conflitos no mês passado, e também na Serra.
O delegado ainda afirmou que um dos alvos era esposa de um primo de Fernando Moraes Pimenta, o Marujo, homem mais procurado do Espírito Santo e chefe do tráfico de drogas do Bairro da Penha e Bonfim, na Capital.
Ao todo, foram apreendidos:
A Polícia Civil vai investigar se uma das armas estrangeiras apreendidas durante a operação foi a mesma utilizada por criminosos em tiroteio que resultou na morte de um paciente em uma clínica particular na Avenida Leitão da Silva, em Vitória.
O crime ocorreu durante um confronto em junho, quando o homem de 68 anos morreu após ser atingido por um disparo que perfurou a parede do leito em que ele estava. As investigações mostraram que o tiro teria partido do morro em direção à pista.
"Recaem fortes suspeitas sobre essas duas armas, porque foram achadas várias munições do mesmo calibre", afirmou o delegado Romualdo Gianordoli à TV Gazeta, ao contextualizar a apreensão ao calibre do projétil que atingiu o paciente.
As armas foram encontradas em uma bolsa jogada por um homem alvo de um mandado de busca e apreensão em um barranco de Gurigica, atrás da clínica onde o paciente foi atingido em junho.
A princípio, não havia mandado de prisão contra ele, mas o indivíduo acabou preso após jogar essa bolsa com armas estrangeiras pela janela. Como o barranco em que o material foi jogado era de difícil acesso, foi necessário acionar agentes do Corpo de Bombeiros para localizar a bolsa.
"Esse indivíduo era um gerente aqui de Jaburu, com muita relevância, que tentou dispensar as armas de fogo. Com a ajuda dos Bombeiros, que fizeram um trabalho exemplar, conseguimos recuperar", destacou o delegado.
"Conseguimos recuperar duas armas que eles tinham jogado na sacola, três carregadores, munição, mais uma vez, armas ilegais. É bom frisar isso. Numeração raspada, uma arma checa, uma arma israelense", afirmou o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho.
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