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O relato de vereadora sequestrada no ES: "Pior dia da minha vida"

O relato de vereadora sequestrada no ES: "Pior dia da minha vida"

Lari Bortolote, sequestrada na manhã de segunda (22) em Rio Novo do Sul, relembrou os momentos de tensão que viveu por 15 horas até ser resgatada em Anchieta

Publicado em 23 de agosto de 2022 às 12:51

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Emocionada, a vereadora Lari Bortolote Marcon (Republicanos) contou nesta terça-feira (23) os momentos de tensão que viveu após ser sequestrada na manhã desta segunda-feira (22), na localidade de Mundo Novo, em Rio Novo do Sul, no Sul do Estado. Ela foi raptada por dois criminosos, que pediram R$ 250 mil de resgate. A parlamentar foi resgatada pela Polícia Civil na noite do mesmo dia, em um cativeiro na região de Ubu, em Anchieta

Em entrevista ao repórter Gustavo Ribeiro, da TV Gazeta Sul, a vereadora contou que foi abordada com o pai e um funcionário, quando seguia para o curral na propriedade rural onde mora. “Vi um carro na beira do curral, achei que era uma pessoa que tinha ido comprar um porco, um leite. Passei pelo carro e fui para o curral. O carro foi embora e depois voltou. Quando retornou, meu pai foi perguntar o que estava acontecendo e foi aí que renderam ele, o funcionário e eu”, relembrou.

Segundo Lari, os suspeitos deitaram todos no chão e ela, o pai e o funcionário tiveram as pernas e os braços amarrados. A vereadora disse que chegou imaginar que fosse um assalto. 

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O tempo todo eles nos ameaçavam. Um deles deu a entender que ia levar meu pai. Falei para não levar ele, que eu ia porque eu tinha o telefone, que era mais fácil de negociar. Só que, até então, achava que era um assalto. Quando me colocaram dentro do carro eu vi que eles iam me levar para longe, que eles queriam mais. Foi horrível. Foi o pior dia da minha vida

Lari Bortolote Marcon (Republicanos)
Vereadora sequestrada em Rio Novo do Sul 
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REFÉM POR 15 HORAS

O sequestro aconteceu por volta das 7h. Segundo a Polícia Militar, a família afirmou que não acionou os militares e a Polícia Civil logo após o ocorrido por receio de que os indivíduos fizessem algum mal à vítima. Horas depois, os criminosos exigiram um resgate de R$ 250 mil para libertar a vereadora.

Lari contou que foi colocada no banco de trás do carro e recordou que os bandidos andaram por um longo tempo até chegarem à casa em Anchieta, onde ela foi mantida em cativeiro dentro de um dos quartos, desamarrada. Ela relatou que os criminosos lhe entregaram comida e diziam que não fariam nada com ela.

“Me colocaram num quarto e ficaram na sala, assistindo televisão. Me deram água e pão. No final da novela Pantanal, o sequestrador viu que a polícia chegou. Eu abaixei e só esperei, com medo de tiro, alguma coisa do tipo. Eles fugiram e a polícia entrou e me resgatou”, relembrou.

A vereadora disse que se emocionou ao ver a equipe da Polícia Civil e agradeceu os agentes que a resgataram. "Não sei nem explicar a sensação, porque parecia que eu estava nascendo naquele momento. Tenho muito a agradecer à equipe da Polícia Civil. Sem eles (policiais), eu acho que eu não estaria aqui agora, agradecer a Deus também, minha família, meus amigos, todo mundo que torceu para mim".

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Foi emocionante demais porque eu pensava em mim, mas eu pensava neles (amigos e familiares) aqui também, porque eu sei que eles sofreram muito. Deus é muito bom e deu tudo certo

Lari Bortolote Marcon
Vereadora sequestrada em Rio Novo do Sul
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PRISÕES 

Na manhã desta terça-feira (23), o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Marcio Celante, informou – em um vídeo – que na noite desta segunda-feira, a Delegacia Antisequestro e a Superintendência de Policiamento da Região Sul conseguiram localizar o cativeiro para onde a vereadora havia sido levada na região de Ubu, em Anchieta. 

 Durante a ação, segundo a Polícia Civil, um homem foi preso e um menor foi apreeendido. Além disso, no cativeiro foram encontradas diversas armas, como submetralhadora e pistola, e entorpecentes. Detalhes sobre a prisão, investigação e fotos serão divulgados em entrevista coletiva, nessa terça-feira (23), na Chefatura de Polícia Civil.

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