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Ônibus do Transcol é apedrejado e incendiado por grupo encapuzado em Vitória

Ônibus do Transcol é apedrejado e incendiado por grupo encapuzado em Vitória

Veículo fazia a linha 505 e, ao parar em um ponto próximo ao Hortomercado, o coletivo foi abordado inicialmente por um homem, que ordenou que motoristas e passageiros descessem

Publicado em 20 de março de 2025 às 21:10- Atualizado há 4 dias

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Bruno Nézio
Repórter / bruno.cunha@redegazeta.com.br

Criminosos atearam fogo em um ônibus do Transcol, na noite desta quinta-feira (20), por volta das 19h50, na Praia do Suá, em Vitória. Uma estudante do Ifes que seguia no coletivo para Jardim Camburi teve o celular levado por um dos criminosos no momento da abordagem. Posteriormente, o aparelho foi recuperado pela Guarda. Segundo a PM, o ataque tem relação com os acontecimentos recentes envolvendo tiroteios e a ação da polícia na região, segundo informou o aspirante Rossi, da Polícia Militar. A Polícia Civil irá investigar se existe ligação.

O veículo fazia a linha 505 (T. Laranjeiras/ T. Itacibá, via Camburi/ Beira Mar) e quando estava na região do Hortomercado, um criminoso encapuzado entrou pela porta da frente, enquanto um grupo com cerca de 10 pessoas entrou pela porta de trás e mandou que todos os ocupantes descessem – eram cerca de 15 passageiros no momento, segundo dito pelo motorista à reportagem de A Gazeta, no local do ocorrido.

Quando entraram no ônibus, os criminosos começaram a quebrar os vidros com pedras e, na sequência, atearam fogo no coletivo. Agentes e policiais, que estavam em duas viaturas próximas ao local, agiram rapidamente e evitaram danos maiores, fazendo um bloqueio do trânsito, e também pedindo por reforços.

Vitória
Ônibus foi atingidos por pedras e pedaços de madeira antes de ser incendiado em Vitória. (bruno Nézio)

De acordo com agentes da Guarda Municipal, assim que ouviram o barulho das sirenes, os criminosos saíram do ônibus e fugiram em direção ao Bairro Jesus de Nazareth, bem próximo de onde o incidente ocorreu.

Após a fuga do grupo, o inspetor Albert, da Guarda Municipal, se aproximou e pegou o próprio extintor do coletivo para conter as chamas. Assim, o fogo ficou restrito a uma pequena área e não se alastrou pelo veículo.

Momentos de terror

O motorista do ônibus, que não será identificado por motivo de segurança, contou que não foi a primeira vez que viveu algo parecido. Por três vezes, veículos dirigidos por ele já foram assaltados, nas quais os criminosos mandaram os passageiros e ele descerem. Entretanto, é a primeira vez que presencia uma ação com fogo no ônibus. 

Inspetor da Guarda Civil conteve o fogo antes que as chamas consumissem o ônibus
Inspetor da Guarda Civil conteve o fogo antes que as chamas consumissem o ônibus. (Divulgação/Guarda Civil Municipal de Vitória)

"Quando o rapaz entrou no ônibus, todo encapuzado, e mandou a gente descer, só disse: 'Perdeu! Desce, desce, desce!'. Foi nesse momento que saímos correndo. Havia uma viatura por perto, e nós a chamamos. No ônibus, estavam entre 10 e 15 pessoas. Quando olhei para trás, já tinha um monte de gente lá, com pedras e paus na mão", relatou.

Bombeiros também foram acionados e foram ao local, mas o incêndio já havia sido controlado pelo agente da Guarda Municipal de Vitória.

Vitória
Vidro do ônibus foi quebrado por pedras jogadas por homens encapuzados em Vitória. (Bruno Nézio)

Em nota, A Polícia Militar informou que foi acionada, via Ciodes, para atender uma ocorrência de tentativa de incêndio criminoso a transporte coletivo, por volta das 19h30, na avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, altura da Praia do Suá, em Vitória.

Segundo o solicitante, cerca de 10 indivíduos pararam um ônibus da linha 505, mandaram os passageiros descerem, jogaram combustível e atearam fogo. Antes que as chamas pudessem se espalhar, militares da Força Tática que realizavam patrulhamento no local conseguiram apagar o fogo com extintores. Em seguida, realizaram buscas na tentativa de localizar suspeitos, mas eles fugiram. Ninguém ficou ferido.

A Polícia Civil informou que o caso está sob investigação da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra o Transporte de Passageiros (DRCCTP) e, até o momento, nenhum suspeito foi detido.

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