Ônibus pararam de circular nos blocos B e C do bairro Planalto Serrano, na Serra, após ameaças de apedrejamento e incêndio nos veículos nesta segunda-feira (4). O clima na região é de tensão desde a última sexta-feira, quando houve protestos no bairro.
A Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) informou que, após as ameaças de suspeitos, durante a tarde, "motoristas foram orientados pela autoridade policial, que fez abordagens no local, a registrarem um boletim de ocorrência e a irem apenas até a subida dos blocos B e C, retornando para garantir a segurança de usuários e trabalhadores do sistema".
O repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, apurou com moradores no local que algumas pessoas arremessaram pedra contra um ônibus do Sistema Transcol e ameaçaram incendiar o banco do cobrador durante a tarde. Vídeos enviados por leitores de A Gazeta (veja acima) mostram o veículo com o vidro danificado pela pedrada e a movimentação de viaturas da Polícia Militar na região.
Ainda não se sabe qual seria a motivação para o ataque. Em nota, a PM informou que "por volta das 17h50, durante ações de reforço de policiamento no bairro Planalto Serrano, equipes interviram quando um grupo de indivíduos tentou interceptar um ônibus com intuito de incendiá-lo. Durante a ação, foi realizado o bloqueio do trânsito para abordagens. Os criminosos se evadiram e não houve detidos. O policiamento segue reforçado na região".
Na última sexta-feira (1º), moradores dos blocos B e C também ficaram sem ônibus após manifestantes bloquearem a principal avenida do bairro com uma barricada em chamas. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para controlar o fogo.
Na ocasião, os policiais informaram à equipe da TV Gazeta que tiros foram disparados próximo ao local das chamas. Depois, em nota, a PM informou que populares disseram que a "ação teria sido coordenada por um homem que havia insuflado a comunidade durante toda a semana para provocar o Estado, mas nenhum suspeito foi detido e não houve registro de feridos durante o protesto".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta