A tarde de domingo (3) foi marcada por ataques a ônibus do Sistema Transcol, na Grande Vitória. Em Viana, um coletivo foi incendiado no bairro Canaã. Já em Santo Antônio, na Capital, dois veículos foram apedrejados (veja vídeo acima).
Após os ataques, a Companhia de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) informou que, por questões de segurança, as linhas que atendem ao município de Viana e as que atendem às regiões dos bairros Santo Antônio e São Pedro, em Vitória, não estavam indo até os bairros. Às 21h, a Ceturb informou que a operação voltou ao normal em Santo Antônio e São Pedro, mas a região de Novo Brasil, em Viana, seguia sem atendimento até o final da noite de domingo. Na manhã de segunda-feira (4), a companhia informou que o atendimento na região foi normalizado.
Sobre a ocorrência de Viana, segundo a Polícia Militar, o motorista relatou que três indivíduos deram sinal, na altura de um antigo material de construção do bairro, para embarcarem. Um suspeito pegou um galão de combustível atrás do ponto de ônibus e em seguida os três entraram no coletivo, espalharam o combustível e atearam fogo.
Havia cerca de dez passageiros no momento da ação, mas ninguém ficou ferido. Após o fato, os suspeitos fugiram e não foram localizados.
Em Santo Antônio, policiais militares receberam a informação que um grupo criminoso tentou incendiar um ônibus. Uma equipe foi ao local e o motorista relatou que estava na condução do veículo e, ao passar pela Rodovia Serafim Derenzi, em frente à Basílica de Santo Antônio, cerca de dez suspeitos cercaram o ônibus, jogaram um objeto no para-brisa do veículo, quebrando-o e ordenando que o condutor abrisse a porta.
Em seguida, eles atearam fogo no interior do coletivo utilizando o galão de gasolina e fugiram. Posteriormente, chegou a denúncia de que um dos indivíduos estaria passando por um posto de gasolina nas proximidades. Os militares realizaram buscas e ao entrarem na Rua Ernesto Bassini, o suspeito, menor de idade, que já tinha notado a presença dos policiais, correu e se escondeu em uma área de mata, porém foi localizado.
Ele afirmou que havia jogado o galão contendo gasolina em um barranco. O objeto não foi localizado e o indivíduo apreendido foi conduzido para a Delegacia Especializada do Adolescente em Conflito com a Lei (Deacle).
Segundo o comandante-geral da PMES, coronel Douglas Caus, em Vitória, foram dois ônibus apedrejados. Os ataques teriam ocorrido após a morte de um membro do Primeiro Comando de Vitória (PCV) em confronto com a Polícia Militar, na madrugada deste domingo (3).
"É possível que tenha relação com a morte de um indivíduo que veio do bairro Argolas acompanhado de outro criminoso. Os dois criminosos têm passagem na Polícia Militar, inclusive por tentativa de homicídio contra policiais militares. Eles também pertencem ao PCV e foram na região do Complexo da Penha participar do baile do Trem Bala. O cerco eletrônico detectou que o veículo era roubado, a Força Tática fez um cerco, tentou uma abordagem, houve uma troca de tiros. Um indivíduo foi baleado, socorrido e veio a óbito. O outro foi preso", explicou o comandante.
Em relação à ocorrência de Viana, Caus explicou que várias lideranças do PCV estariam se reunindo no bairro Operário, em Viana, para articularem um ataque na Serra contra uma área do Terceiro Comando Puro (TCP). Foi realizado um cerco, houve troca de tiros neste domingo e, possivelmente, os criminosos atearam fogo no ônibus para chamar a atenção dos policiais militares. Ainda segundo o comandante, inicialmente, não há evidências de uma relação com os ataques em Vitória.
O policiamento foi reforçado nessas regiões.
Sobre a ocorrência em Viana, a Polícia Civil informou que o fato será investigado por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra o Transporte de Passageiros (DCCTP) e, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada.
Já em relação ao ataque em Vitória, a corporação disse que a ocorrência está em andamento no plantão vigente da Deacle e que somente após a conclusão das oitivas é que haverá informações sobre o procedimento que será adotado pelo delegado da Central de Teleflagrante.
A reportagem procurou a GVbus para mais informações sobre as ocorrências. Assim que houver retorno, o texto será atualizado.
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