Policiais civis, militares e servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran) foram às ruas nesta sexta-feira (25) para cumprir 14 mandados de busca e apreensão durante a Operação Linha Final, que visa combater disputas automobilísticas não autorizadas nos municípios de Vila Velha, Vitória, Serra, Cachoeiro de Itapemirim e Guarapari.
De acordo com a Polícia Civil, nove veículos adaptados para corridas clandestinas foram apreendidos, todos com modificações que aumentavam a potência e a velocidade. Os condutores serão intimados a prestar esclarecimentos.
As investigações revelaram que perfis em redes sociais divulgavam e promoviam eventos ilegais de arrancada em vias públicas, colocando em risco tanto a segurança das pessoas quanto dos próprios participantes. A Polícia Civil informou que as investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos na organização e participação desses eventos.
O titular da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT), delegado Maurício Gonçalves da Rocha, afirmou que a operação reforça o compromisso das autoridades em garantir a segurança nas vias e combater práticas ilegais que colocam em risco a vida e o bem-estar da população.
O comandante da equipe de fiscalização do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, tenente Lucas Lourenço, destacou a importância da cooperação entre as instituições para garantir um trânsito mais seguro. "A integração entre a Delegacia de Delitos de Trânsito, o Batalhão de Trânsito e o Detran é essencial para reprimir essas ações de forma efetiva", disse o militar.
O gerente de Fiscalização de Trânsito do Detran-ES, Jederson Lobato, destacou que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é claro sobre competições em vias públicas.
“Essas competições exigem autorização expressa da confederação desportiva correspondente ou de entidades estaduais filiadas, além de caução para cobrir possíveis danos à via e seguro contra riscos para terceiros. Portanto, eventos clandestinos como esses não só configuram infração administrativa e crime de trânsito, mas também representam graves riscos ao patrimônio e à vida das pessoas envolvidas. O combate a essas práticas ilegais só é possível graças à integração e ao engajamento das nossas instituições em defesa da vida", afirmou Lobato.
A defesa da Federação de Automobilismo do Estado do Espírito Santo (Faees), feita pelo advogado Fábio Marçal, informou que a entidade foi intimada durante essas investigações a comparecer na delegacia para prestar esclarecimentos a respeito de eventos e identificou se os pilotos eram federados, e se essas competições eram autorizadas. São várias investigações em curso, dentre elas essa que foi deflagrada.
Segundo Marçal, não é papel da federação fiscalizar eventos não federados, mas sim fiscalizar eventos federados para garantir a segurança dos participantes e dar legalidade aos eventos.
A defesa da Faees ressalta ainda que nenhum dos eventos investigados pela polícia teve o aval da Federação de Automobilismo, que segue promovendo os eventos legalizados para ter como objetivo retirar esses rachas das vias públicas e transformá-los apenas em esporte legalizado.
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