Com objetivo de desarticular um esquema nacional de adulteração de combustíveis, a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), junto à Agência Nacional do Petróleo (ANP), iniciaram nesta quinta-feira (10) a Operação Meta. Aqui no Espírito Santo, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em empresas e transportadoras da Serra, casas de empresários em Vila Velha e na sede de uma rede que conta com nove postos funcionando na Grande Vitória.
De acordo com a Polícia Civil, foram ainda fiscalizadas empresas do ramo químico, suspeitas de serem de fachada, abertas no Espírito Santo por empresários paulistas responsáveis por trazer o produto adulterado ao Estado. Os nomes das empresas e empresários envolvidos não foram citados.
A ação também interditou quatro postos no Rio de Janeiro com combustível adulterado por metanol e apreendeu 241 mil litros da substância que pertenciam a seis empresas do Espírito Santo e estavam armazenados em um terminal no Paraná.
"Identificamos até o momento uma organização criminosa que está atuando nacionalmente envolvendo empresários de São Paulo que estavam adquirindo combustível por meio de importação do Paraná, combustível esse que não pode ser usado para abastecer postos de gasolina, o metanol. Eles abriam empresas químicas de fachada aqui no Estado e elas compravam esse produto; do Paraná eles passavam deixando esse metanol em postos de gasolina em São Paulo, Rio de Janeiro e no Espírito Santo", explicou o delegado Eduardo Passamani, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor.
Ainda durante a operação foi apreendido petróleo de uma empresa que funcionava sem autorização na Serra. Foram confiscados também celulares, computadores e documentos dos suspeitos que serão analisados para obtenção de provas.
A quebra de sigilo fiscal de empresários e empresas foi obtida, passando agora a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) a fazer parte da operação para analisar a movimentação financeira da organização criminosa.
A empresa Transjóia entrou em contato com A Gazeta e explicou que não é alvo da ação de fiscalização desencadeada pela Decon e ANP.
Gostaríamos de esclarecer que a Transjóia não tem absolutamente nenhum envolvimento na operação mencionada na reportagem. As imagens de nossos caminhões foram indevidamente utilizadas, o que pode gerar danos significativos à nossa imagem como empresa idônea e comprometida com a legalidade e a ética nos negócios.
A versão anterior desta matéria exibia um vídeo com imagens cedidas pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, no qual caminhões-tanques da Transjóia apareciam durante a fiscalização. A empresa informou que não é alvo das investigações. O vídeo foi removido e o posicionamento foi adicionado ao texto.
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