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Operação contra jogo do bicho no ES cumpre 13 mandados na Grande Vitória

Operação contra jogo do bicho no ES cumpre 13 mandados na Grande Vitória

Um dos objetivos da ação é encontrar o empresário Kaio Zanolli, denunciado pelo Ministério Público Estadual com outras sete pessoas envolvidas em esquema; ele é o único que ainda não foi localizado

Publicado em 4 de agosto de 2023 às 17:04- Atualizado há um mês

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Operação Frisson - segunda fase - Gaeco/MPES - prisão de cinco pessoas
Segunda fase da Operação Frisson, do Ministério Público. (Vitor Jubini)
Errata Atualização
29 de setembro de 2024 às 12:56

Oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) por supostos crimes envolvendo lavagem de dinheiro e organização criminosa, em atividades que envolvem também o jogo do bicho. Resultado das investigações da Operação Frisson. A Justiça estadual aceitou a denúncia em julho de 2023, tornando-os réus em ação penal. Dos oito, seis chegaram a ser presos: Jeferson Santos Valadares, Kaio Zanolli, Marciano Cruz de Sá, Demer Freitas Ferreira, Diego Meriguetti e Sérgio Zanolli. Foram liberados por decisão judicial por volta de setembro do ano passado e respondem ao processo em liberdade. Na ocasião não foram detidas Isabela Carreiro Silva Zanolli e Tayssa de Abreu Milanez. No mês de julho deste ano (2024), a Justiça estadual manteve a restrição ao passaporte de todos os denunciados, a proibição de saída do território nacional, entre outras medidas.

Uma nova fase da Operação Frisson foi realizada nesta sexta-feira (4), e 13 endereços em cidades da Grande Vitória foram alvos de mandados de busca e apreensão. Um dos objetivos da ação é localizar o empresário foragido Kaio Zanolli, réu em processo criminal por atuação em organização criminosa e lavagem de dinheiro de valores obtidos com a exploração de jogo do bicho.

Kaio Zanolli foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) com outras sete pessoas. Dos seis que tiveram a prisão decretada, o empresário é o único que ainda não foi localizado. Ele é procurado desde 13 de junho, quando foi realizada a segunda fase da operação

Presos até o momento 

Empresários e até o dono de uma faculdade estão entre os presos, em junho, na segunda fase da Operação Frisson. O processo tramita sob sigilo, mas a reportagem de A Gazeta apurou que foram presos:

  • Jeferson Santos Valadares - empresário e proprietário da Faculdade Novo Milênio; 
  • Sérgio Zanolli - empresário; 
  • Diego Meriguetti - empresário; 
  • Marciano Cruz de Sá - empresário; 
  • Demer Freitas Ferreira - empresário e trabalha para outros empresários detidos.

O único foragido é Kaio Zanolli. A denúncia criminal, já aceita pela Justiça estadual, foi oferecida também contra a esposa de Sérgio, Tayssa de Abreu Milanez, e contra a ex-esposa de Kaio, Isabela Carreiro Silva Zanolli, totalizando oito pessoas.

Na mesma decisão, foram definidos bloqueios de bens dos investigados, como iates, avião, helicóptero, joias, motocicleta, veículos de luxo e 51 imóveis. As supostas fraudes podem ter causado prejuízo de mais de R$ 60 milhões ao Sistema Financeiro Nacional, de acordo com o MPES.

Entenda a Operação Frisson 

A Operação Frisson — nome de um dos iates apreendidos — decorre de requerimentos do MPES na denúncia criminal oferecida contra 8 pessoas envolvidas em um esquema de lavagem de dinheiro. A investigação foi iniciada em setembro de 2021 e contou com o apoio da Polícia Federal e da Receita Federal. No ano seguinte, foram cumpridos diversos mandados judiciais de busca e apreensão em residências e empresas dos então investigados.

"A análise das provas arrecadadas ao longo da investigação permitiu identificar com detalhes uma organização criminosa constituída para a ocultação de bens, direitos e valores obtidos com a exploração de jogo do bicho, com décadas de histórico de lavagem de ativos, como meio de vida e sustento, retroalimentando outras atividades aparentemente lícitas utilizadas para dissimulação da origem dos valores ilícitos", informou o Ministério Público Estadual.

A ação foi realizada pelo MPES, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Polícia Militar.

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