A organização criminosa que fazia o transporte de cocaína do Espírito Santo e do Rio de Janeiro para a Europa pelo mar utilizava mergulhadores para fazer a inserção das drogas nos cascos dos navios. A informação foi divulgada pelo delegado Bruno Tavares, chefe da Delegacia de Repressão a Drogas da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Bruno Tavares ressaltou que, normalmente, as organizações criminosas de tráfico de drogas internacional adotam a estratégia do embarque dos entorpecentes por contêineres, mas que os traficantes presos na Operação Tamoios, que foi deflagrada na manhã desta terça-feira (24), utilizavam uma tática diferente.
Ainda de acordo com o delegado, a Operação Tamoios teve início em 2019. Ao longo da investigação, foram apreendidos mais de 200 kg de cloridrato de cocaína, 14 veículos de luxo, 6 imóveis de alto padrão nos municípios do Rio de Janeiro e Mangaratiba, no Estado fluminense, e Guarapari, no Estado capixaba, e R$ 827.000,00 (oitocentos e vinte e sete mil reais), em espécie. Além disso, como explicado por Bruno Tavares, houve duas prisões em flagrante nesta terça-feira (24).
"Na data de hoje (24), nós demos cumprimento integral a todas as medidas que foram deferidas pelos juízes da Terceira Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e cumprimos 12 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão. Obtivemos também restrição judicial de contas e imóveis e, durante a lavratura dos procedimentos, nós obtivemos dois flagrantes de entorpecentes, um no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo", completou.
A Polícia Federal cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Espírito Santo em uma operação para combater o tráfico internacional de drogas pelo mar. Deflagrada na manhã desta terça-feira (24), a Operação Tamoios investiga o transporte de cocaína nos dois Estados para a Europa.
Cerca de 60 policiais federais cumprem 12 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão, nos dois Estados, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Destes, quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão foram cumpridos no Espírito Santo.
De acordo com a PF, a investigação apurou que a organização criminosa utiliza logística portuária de pequenas embarcações pesqueiras e mergulhadores profissionais. Os investigados usando o subterfúgio da pesca artesanal e do mergulho realizam de forma organizada o transporte de grandes carregamentos de cloridrato de cocaína para o Porto de Rotterdam, na Holanda.
A maioria dos integrantes da organização criminosa, que operavam em conjunto com organizações transnacionais, são do Rio de Janeiro e transportavam a droga até o Espírito Santo, de onde embarcavam para a Europa.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta