Uma força-tarefa realizada na Região Norte do Espírito Santo desarticulou uma organização criminosa responsável por furto e roubo de madeira, queimadas, invasão de terra, ataques a veículos e tentativas de homicídio. Os criminosos atuavam nos municípios de Jaguaré, São Mateus, Conceição da Barra, Pinheiros, Boa Esperança e Montanha. Ao todo, quatro suspeitos foram presos, e dois estão foragidos. Foram apreendidas 31 toneladas de carvão fabricado com a madeira furtada, além de oito veículos e quatro armas de fogo.
As fiscalizações aconteciam desde 27 de dezembro do ano passado, mas os resultados da operação foram divulgados somente na tarde desta sexta-feira (11). A ação da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo (Sesp) contou com o apoio da Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria de Estado da Fazenda, Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Núcleo de Operações em Transporte Aéreo (NOTAer).
De acordo com a Sesp, a organização criminosa atuava roubando madeira de uma empresa de celulose. O material era furtado diretamente do plantio ou de pilhas deixadas para secagem. As madeiras eram transportadas por caminhões clandestinos, com destino à fabricação de carvão, para abastecer secadoras de café e pimenta.
O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, afirmou que os prejuízos causados pelos criminosos afetam não só a empresa roubada. “O prejuízo era não só para a região como também para todo o Estado, pela sonegação, já que esse material passava despercebido pela fiscalização, trazendo sérios transtornos para a Região Norte, uma área muito sensível onde vivem quilombolas que eram ameaçados, sofriam violência com essa organização, e eram uma mão de obra usada sem a devida remuneração”, ressaltou.
Os quatro presos, que não tiveram os nomes divulgados, são suspeitos de participarem também de um ataque a uma empresa de celulose da região.
“É uma associação criminosa. As quatro pessoas presas, em retaliação a uma operação em que um caminhão foi apreendido, pararam as atividades da empresa por uma semana. Vigilantes de segurança da empresa foram recebidos a tiros, e veículos da empresa foram atacados. Mais pessoas ainda podem ser presas”, afirmou o delegado da Polícia Civil Alysson Pereira.
Nos municípios que foram fiscalizados, seis estabelecimentos tiveram as atividades suspensas por irregularidades. A operação também resultou em um total de R$ 22 mil em multas aplicadas. Sete inquéritos policiais foram instaurados e outros seis serão abertos para investigar os crimes cometidos na região, de acordo com a Sesp.
Além dos dois homens foragidos, outras pessoas com envolvimento na organização ainda são investigadas e podem ser presas, segundo a Polícia Civil.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta