> >
Operação do MP contra corrupção em presídios do Rio cumpre mandados no ES

Operação do MP contra corrupção em presídios do Rio cumpre mandados no ES

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Bangu e estão sendo cumpridos nos Estados do Rio, São Paulo e Espírito Santo

Publicado em 14 de outubro de 2020 às 10:49

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Operação Hiperfagia cumpriu mandados no ES
Operação Hiperfagia cumpriu mandados no ES. (Divulgação/MPES)

Uma operação visa combater práticas de corrupção no Complexo Penitenciário de Gericinó-RJ, nesta quarta-feira (14). O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Espírito Santo em cooperação com o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC) do Ministério Público do Rio de Janeiro realiza a Operação Hiperfagia para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra grupo responsável por fraudes no fornecimento de alimentação no complexo. 

A operação tem por objetivo o cumprimento de três mandados de prisão preventiva e 71 de busca e apreensão contra integrantes de organização criminosa que atua no fornecimento de alimentação no Complexo Penitenciário de Gericinó-RJ. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Bangu e estão sendo cumpridos nos Estados do Rio, São Paulo e Espírito Santo.

INVESTIGAÇÕES

As investigações relacionadas à organização criminosa foram iniciadas após notícia apresentada pela gestão pretérita da SEAP, de que os processos de contratação emergencial de empresas para o fornecimento de alimentação no Complexo Penitenciário, na época da intervenção federal na área de segurança, foram realizados de forma ilegal, sendo direcionados a determinadas empresas por meio do pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Para aprofundar as investigações, o GAECC/MPRJ requereu ao Juízo a busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, como forma de elucidar os fatos.

Durante a apuração, o GAECC/MPRJ descobriu irregularidades relacionadas ao pregão eletrônico 001/2019, realizado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio (SEAP-RJ) para o fornecimento de alimentação no Complexo de Gericinó.

De acordo com a denúncia, empresários se valeram de práticas, como a utilização de preços inexequíveis e a formação de estruturas e redes de distribuição empresariais próprias, para fraudar o processo legal de fornecimento de alimentos no Complexo de Gericinó.

O objetivo da organização criminosa era garantir que sociedades empresárias cartelizadas fossem contempladas com os contratos de alimentação relativos às unidades prisionais do Complexo, de modo que o prestador do serviço fosse alguém ligado ao grupo. 

Desta forma, relata a peça processual que os denunciados constituíram e integraram, de forma estável e permanente, Organização Criminosa, nos termos do artigo 1º, §1°, da Lei 12.850/13, direcionada para a prática de diversos crimes tais como cartel, fraudes licitatórias e demais crimes contra a administração pública objeto de investigação própria.

As investigações são coordenadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (GAOCRIM/MPRJ), Grupo de Atuação Especializada em Combate à Sonegação Fiscal e aos Ilícitos contra a Ordem Tributária (GAESF/MPRJ), Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP/MPRJ), Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), em parceria com a Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, e ainda com os GAECOs do Ministério Público do Espírito Santo e Ministério Público de São Paulo.

Com informações do MPES

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais