Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (28) a Operação Baeza, que envolve equipes do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e da Polícia Militar e mira uma organização criminosa que atua no município de Viana e em outros locais da Grande Vitória sob a ordem de criminosos presos, e dois advogados são alvo. A ação tem objetivo de cumprir 32 mandados de busca e apreensão em Vila Velha, Cariacica, Vitória, Serra e Guarapari.
Segundo apurado pelo Ministério Público do Espírito Santo, havia comunicação entre integrantes da facção e lideranças da quadrilha, que estão presas. Não há informações sobre o nome da organização criminosa ou bairros onde ela tem predomínio.
A investigação foi instaurada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPES. O objetivo era investigar a atuação de um grupo que age de forma organizada e contínua. Os integrantes da organização, segundo o Ministério Público, se dedicam ao tráfico de entorpecentes e crimes relacionados.
As medidas judiciais de interceptações telefônicas e de buscas e apreensões resultaram na obtenção de provas de tráfico de drogas, aquisição e porte de armamentos e munições, além de execução e planejamento de crimes de homicídio. Os crimes eram planejados e organizados por lideranças da organização criminosa que estão em unidades prisionais do Espírito Santo.
Por meio de visitas de familiares e de advogados, as lideranças da organização se utilizam indevidamente de prerrogativas inerentes da advocacia para garantir comunicação criminosa com outros integrantes que estão em liberdade. O cumprimento dos mandados de busca e apreensão referentes aos dois advogados foi acompanhado por representantes da Comissão de Prerrogativas da OAB/ES, considerando a decisão judicial expedida pela 3ª Vara Criminal de Viana.
Durante as diligências, foi localizada, ainda, uma pessoa que tinha mandado de prisão em aberto e estava foragida da justiça. O nome do indivíduo não foi divulgado. As investigações seguem em sigilo judicial, segundo o Ministério Público do Espírito Santo.
A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Espírito Santo (OAB-ES), foi demandada pela reportagem de A Gazeta para dar um posicionamento a respeito dos profissionais alvos da operação. O texto será atualizado assim que houver um retorno.
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