Um advogado suspeito de ser "pombo-correio" de um líder de facção criminosa de Cariacica foi afastado de forma cautelar das funções profissionais no âmbito de uma ação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/ES) na manhã desta quinta-feira (11). Durante a Operação Recado Reverso, agentes de várias corporações cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, além do afastamento do advogado, para interromper a atuação do tráfico de drogas. O nome do profissional não foi divulgado.
O líder da facção contava com o apoio de familiares e do advogado, contratado especificamente para transmitir recados para o grupo criminoso. Eram informações como o preço dos entorpecentes, os responsáveis pelos pontos de venda e a divisão de lucros. As investigações revelaram que o único serviço prestado pelo advogado era a transmissão de recados. A tarefa era essencial para a continuidade das atividades ilegais, segundo a Ficco.
No entendimento da Polícia Federal, que divulgou detalhes da operação, sem a colaboração do advogado, o líder da facção não conseguiria dar instruções sobre o tráfico. O nome do preso e o da facção não foram informados. Os investigados responderão por associação ao tráfico de drogas. Se condenados, as penas podem chegar a 10 anos de reclusão.
O nome da Operação Recado Reverso faz alusão ao afastamento do advogado da atividade profissional. Refere-se ainda ao recado dado através dos trabalhos investigativos feitos pelas forças de segurança pública. A Ficco/ES é composta atualmente pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Estado de Segurança Pública, Guardas Municipais de Vitória, Vila Velha, Serra e Viana.
A reportagem de A Gazeta procurou a Ordem dos Advogados do Brasil Seção Espírito Santo (OAB-ES) para se posicionar a respeito do afastamento do profissional, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.
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