As advogadas Gabriela Ramos Acker e Luezes Makerlle da Silva Rocha deixaram a penitenciária feminina de Viana, no final da tarde desta terça-feira (03). Elas vão permanecer em prisão domiciliar durante as investigações que apuraram a participação delas em uma organização criminosa do Espírito Santo.
As duas foram presas no dia 20 de agosto durante a Operação Ponto Cego, realizada pelo Núcleo de Repressão à Organizações Criminosas (Nuroc), por serem acusadas de escrever cartas com recados de bandidos presos e repassá-los para comparsas do lado de fora do presídio.
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No dia seguinte à prisão, a Comissão de Direitos e Prerrogativas da Seccional da OAB-ES entrou com um pedido de habeas corpus pedindo a liberdade, ou prisão domiciliar ou transferência para uma Sala de Estado Maior - que no Espírito Santo funciona no Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar, em Maruípe, Vitória.
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Inicialmente, o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça. Porém, a Comissão fez um pedido de reconsideração da decisão na semana passada, o que foi aceito pelo desembargador Adalto Dias Tristão. "Elas estão em prisão domiciliar com algumas poucas restrições, por ora. Agora, o próximo passo depende do desdobramento do processo , quando a OAB vai se posicionar dentro do autos", observou Eduardo Sarlo, diretor de Prerrogativas da OAB-ES.
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